Polêmico e danoso
O PL-54 é aquele que transforma a hora extra em banco de horas. Hoje, 11/3, a proposta foi à Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa. Os deputados Tadeu Veneri – PT – e Caíto Quintana – PMDB – pediram vistas. Já o deputado Tercílio Turinio pediu esclarecimentos.
O Fórum das Entidades Sindicais - Fes – emitiu Nota Púbica para repudiar o projeto de lei e pedir aos parlamentares a sua retirada imediata. É preciso que esse tema seja debatido na mesa de negociação entre os servidores e o governo, sob pena ficar caracterizado que o que está estabelecido, quanto à negociação é, na verdade, uma tapeação.
Confira aqui a Nota na íntegra
Nota Pública do Fórum das Entidades Sindicais
O governo do Paraná pretende, através do Projeto de Lei nº 54/2014, instituir o banco de horas para os servidores, com a compensação com descanso para funcionários que excederem o tempo normal de trabalho diário ao invés do pagamento de horas extras, como ocorre hoje.
A justificativa é a contenção de despesas para respeitar o limite prudencial de gastos com pessoal. Serão atingidos apenas os servidores da administração direta e indireta ligados ao Executivo.
O governo tenta é tapar o sol com a peneira. Não faz concurso público porque prioriza os cargos comissionados e os contratos temporários. Com a falta de servidores não há substitutos para cobrir as folgas, férias e afastamentos e, agora, ainda pretende que o servidor ou servidora “se ferre” em horas a mais no local de trabalho sem receber, inclusive sem vale-transporte, por exemplo.
Se a hora extra já não é por si só uma boa para a classe trabalhadora, o banco de horas é a extinção do pagamento de hora extra. Ou seja, vai ser feita a hora extra do mesmo jeito, mas sem receber e sem saber quando vai usufruir de folga. O trabalhador, ao se submeter à hora extra, não quer folga. Quer e precisa do dinheiro no bolso para sustentar a família.
O banco de horas é um instituto existente no regime celetista, e mesmo assim não é absoluto. Depende de convenção ou acordo coletivo para ser aplicado, porque é, no mínimo, polêmico no âmbito geral, e danoso em várias situações específicas. Não há que se pretender aplicar o banco de horas no setor público, pois a natureza dos regimes, estatutário e celetista, é distinta. No regime celetista há fundo de garantia e auxílio desemprego, dentre outros benefícios, no setor público não. É um exemplo.
Com a atitude o governo demonstra e consolida, no último ano de mandato, a sua marca: "Estado de desrespeito". Acorda-se uma coisa na mesa de negociação com os servidores. Porém, na prática faz outra. Diante disso os servidores estaduais estão atônitos e preocupados. Novamente é enviada à Assembleia Legislativa projeto de lei que muda profundamente as normas que regem a vida funcional e laboral dos servidores públicos, sem a mínima discussão.
Por que tanta restrição em consultar e debater com os sindicatos dos servidores públicos, os quais serão os principais afetados, com a medida proposta?
Com tal atitude, o que esperar dos servidores envolvidos e afetados, senão a desconfiança e a rejeição à proposta de um banco de horas, feito às pressas, na surdina e sem nenhum esclarecimento ou debate com a categoria?
Por tudo isso, o Fes repudia o projeto de lei e pede aos parlamentares a sua retirada imediata. É preciso que esse tema seja debatido na mesa de negociação entre os servidores e o governo, sob pena ficar caracterizado que o que está estabelecido, quanto à negociação é, na verdade, uma tapeação.
http://www.sindsaudepr.org.br/noticias/3167/polemico-e-danoso
O Fórum das Entidades Sindicais - Fes – emitiu Nota Púbica para repudiar o projeto de lei e pedir aos parlamentares a sua retirada imediata. É preciso que esse tema seja debatido na mesa de negociação entre os servidores e o governo, sob pena ficar caracterizado que o que está estabelecido, quanto à negociação é, na verdade, uma tapeação.
Confira aqui a Nota na íntegra
Nota Pública do Fórum das Entidades Sindicais
O governo do Paraná pretende, através do Projeto de Lei nº 54/2014, instituir o banco de horas para os servidores, com a compensação com descanso para funcionários que excederem o tempo normal de trabalho diário ao invés do pagamento de horas extras, como ocorre hoje.
A justificativa é a contenção de despesas para respeitar o limite prudencial de gastos com pessoal. Serão atingidos apenas os servidores da administração direta e indireta ligados ao Executivo.
O governo tenta é tapar o sol com a peneira. Não faz concurso público porque prioriza os cargos comissionados e os contratos temporários. Com a falta de servidores não há substitutos para cobrir as folgas, férias e afastamentos e, agora, ainda pretende que o servidor ou servidora “se ferre” em horas a mais no local de trabalho sem receber, inclusive sem vale-transporte, por exemplo.
Se a hora extra já não é por si só uma boa para a classe trabalhadora, o banco de horas é a extinção do pagamento de hora extra. Ou seja, vai ser feita a hora extra do mesmo jeito, mas sem receber e sem saber quando vai usufruir de folga. O trabalhador, ao se submeter à hora extra, não quer folga. Quer e precisa do dinheiro no bolso para sustentar a família.
O banco de horas é um instituto existente no regime celetista, e mesmo assim não é absoluto. Depende de convenção ou acordo coletivo para ser aplicado, porque é, no mínimo, polêmico no âmbito geral, e danoso em várias situações específicas. Não há que se pretender aplicar o banco de horas no setor público, pois a natureza dos regimes, estatutário e celetista, é distinta. No regime celetista há fundo de garantia e auxílio desemprego, dentre outros benefícios, no setor público não. É um exemplo.
Com a atitude o governo demonstra e consolida, no último ano de mandato, a sua marca: "Estado de desrespeito". Acorda-se uma coisa na mesa de negociação com os servidores. Porém, na prática faz outra. Diante disso os servidores estaduais estão atônitos e preocupados. Novamente é enviada à Assembleia Legislativa projeto de lei que muda profundamente as normas que regem a vida funcional e laboral dos servidores públicos, sem a mínima discussão.
Por que tanta restrição em consultar e debater com os sindicatos dos servidores públicos, os quais serão os principais afetados, com a medida proposta?
Com tal atitude, o que esperar dos servidores envolvidos e afetados, senão a desconfiança e a rejeição à proposta de um banco de horas, feito às pressas, na surdina e sem nenhum esclarecimento ou debate com a categoria?
Por tudo isso, o Fes repudia o projeto de lei e pede aos parlamentares a sua retirada imediata. É preciso que esse tema seja debatido na mesa de negociação entre os servidores e o governo, sob pena ficar caracterizado que o que está estabelecido, quanto à negociação é, na verdade, uma tapeação.
http://www.sindsaudepr.org.br/noticias/3167/polemico-e-danoso