terça-feira, 10 de setembro de 2013

Apodrecimento moral e espiritual na universidade: dedicação exclusiva a indecência

A universidade vista de fora é um prédio potentoso e pertencer a ela, seja na categoria que for, motivo de envaidecimento. No seu interior, esse distante do povo e das pessoas, todos se preocupam em parecer trabalhadores sociais, mestres, estudiosos, pesquisadores ou estudantes dedicados. O que ninguém pode enxergar é a degenerência moral e espiritual que só precisa de curtos três anos para se revelar. Um relato deste dia.

Em determinado segmento da mesma está um jovem professor a quem são atribuidas aulas, cargos e a carreira da pesquisa comuns aos ingressos na profissão. Ser novo de casa, ainda que passado o estágio probatório a tempos, novo na idade, já lhe é atribuido como pecado pelas viuvas clericais. A universidade pertence as ratazanas mais velhas, alegadamente mais experientes de vida e de profissão. São elas que devem dizer quem e quando as pessoas devem ascender política e profissionalmente na instituição. Estamos diante de um quadro psicótico acadêmico para o qual é preciso atender.

Segundo o catecismo do grupo psicótico que recebeu incumbência divina para patrulhar e estabelecer os critérios pelos quais as pessoas devem ter direito de manifestar opinião, ocupar cargos, está o da idade cronológica e o da submissão aos veteranos. Bem, o tal jovem professor, tem outro inconveniente, o de possuir mestrado e doutorado na USP. Imaginem, pode a USP produzir coisa boa? Merece crédito quem se posgradua naquela instituição? Uma universidade qualquer, de fundinho de quintal. Eles não cursaram nada lá e se orgulham de passar longe dos portais uspianos.

Longa introdução para registrar uma indignação que se percebe no cotidiano do ensino e da política superior. Há uma figura preocupada em solapar a carreira do colega. Tem a oportunidade de se candidatar aos mesmos cargos mas tem medo de perder. Fica na estrada de chão paralela a semelhança das ienas, tentando por os leões a correr. Agora teme que o colega se torne reitor, vice-reitor ou diretor.

Acusa colegas de tendenciosidade. Mas é preciso espernear, tentar intimidar para que pessoas que não conhece pessoalmente, não ingressem no sagrado sacerdócio do saber e o serviço público. Não admite que pessoas do outro grupo estejam sujeitos a ingressem na carreira docente pelo simples pecado de serem amigos de quem são amigos. É preciso minar a suposta influência de grupos em crescimento nas instituições públicos. Se os do lado de lá não podem entrar, os seus devem ter a chance.
Essa é a forma como pensam e se tratam professores de nível superior, não todos, mas os poucos que nessa missão diabólica ingressam são suficientes para torpedear a paz entre as pessoas.