terça-feira, 27 de outubro de 2015

Roberto Artoni: para esse tira-se o chapéu

Há dias gostaria de ter escrito estas linhas. A Bíblia tem uma passagem fantástica em Romanos 13 onde o apóstolo Paulo escreveu que "a quem honra, honra". Não me restam dúvidas de que o Professor Roberto Artoni é uma destas pessoas que devemos honrar porque sua história impõem, seus atos atestam e recomendam este reconhecimento.

O Professor Roberto Artoni, que eu saiba, não ocupa nenhum cargo na tão propalada hierarquia da Universidade onde leciona e realiza seu trabalho. Não aparece nas reuniões e convescotes promocionais e de culto à personalidade. Mas não há que duvide que estamos diante de um dos mais autênticos líderes do ensino universidade e um competente administrador do serviço público. Ele dispensa holofotes, câmeras, publicidade jornalística. A presença e a criatividade do mestre se impõe nos ambientes em que atua.

Recentemente, voltando do almoço, as pessoas me transmitiam recados de um político influente da nossa região que me procurava para conversar. Sinceramente, não levei a sério e não retornei a ligação pois nenhum contato tivera eu com tal autoridade e menos, me ocorriam qualquer pauta comum entre eu e ele. Passaram-se algumas horas e atendi uma ligação. O político se apresentou e me disse: "senhor Acir, preciso de algumas informações sobre um projeto que pretendemos desenvolver e envolver figuras de competência e expressão no ensino universitário local, e o Professor Roberto Artoni nos indicou o senhor como podendo nos ajudar!". Engasguei. Quando ele retornou a ligação, já de posse das informações repassei. Durante a conversa, ele se mostrou interessado em saber que projetos e sonhos nosso curso e grupo de trabalho alimentava. Arrisquei alguns. Ele me propõe combinarmos um horário para conversar, colocar no papel e ver a viabilidade dos mesmos. Já fizemos isso. A conversa já começou e deu os primeiros passos.

O que isso tem em relação ao Professor Artoni? É um homem, humano, antes que um professor, antes que um servidor público. Ele não tem aquela ânsia de mandar, de visibilizar seu poder. Artoni, não tem fome de fama e de glória. É um democrata na administração e na gestão da coisa pública. Ele compartilha sua glória e suas conquistas, não se sente ameaçado em incluir pessoas em seus projetos, em apresenta-las aos seus contatos. É o que chamamos na teoria da administração, um líder sem ser chefe e descentralizador. Ele é inteligente, sábio, inclui maior número de pessoas em seus projetos, em seus contatos sem esperar qualquer remuneração afetiva. E pasmem, esta aí, um intelectual que não transforma as pessoas que dele discordam em inimigos. Professor Roberto e eu, tivemos oportunidade de sentarmos (literalmente) e conversarmos, apesar de enxergar que possuímos diferenças filosóficas sobre formação universitária que poderiam nos causar incômodos. Mesmo assim, ele não temeu me incluir nos projetos audaciosos que tem empreendido para a dignidade, crescimento e benefício dos nossos alunos. Esta aí, um cara para quem tiramos o chapéu e cujo exemplo tem que ser seguido.