sexta-feira, 31 de agosto de 2012

30 de agosto nas Universidades Estaduais?

Os professores da APP-Sindicato levaram milhares de docentes na capital do Estado no dia 30 de agosto. E marcam presença e assustam as autoridades conservadoras do DEMO, PPS e do PSDB.
Qual seria a data dos docentes e técnicos da UEPG?

Participação no Sindicato: princípio da luta e da solidariedade

Todos os servidores e professores da UEPG deveriam associar-se ao SINTESPO. Deveriam participar de suas assembléias. A participação é uma questão de solidariedade nossa com o restante dos nossos colegas e deles conosco. Precisamos participar da luta, da pauta, das dificuldades dos outros quanto eles da nossa. A importância da participação conjunta de docentes e técnicos juntos tem importância destacada. Liga-nos em laços de comunhão. Interliga os nossos trabalhos como de igual importância. Cria mecanismos de simpatia mútua e educa ambas as partes. A separação isola a luta por uma universidade popular, democrática, científica e cidadã. Enfraquece a fração popular-progressista da Universidade.
Porém, não creio que a participação nas assembléias seja o único expediente de participação. Todos deveriam encher a caixa de mensagens eletrônicas do Sindicato com seu voto, sua posição, sua revindicação, sua crítica corretiva aos caminhos. Uma diretoria sábia catalogaria esses posicionamentos e tomaria decisões com base nos sintomas que circulam no seio da Universidade.
Os servidores carecem estar alerta. Um maléfico e satânico método de afastar o trabalhador do seu Sindicato foi aquele de incentivar o limite de empréstimo (margem consignada, no qual o servidor fica em débito e portanto, sem condições de filiação. Os recuros da internet permitem e-mails nos quais o remetente garanta o sigilo das informações que está fornecendo, ou com a recomendação expressa de que o autor seja guardado em segurança.
Assim como voce ao sofrer se sente encorajado quando alguém lhe defende, fica ao seu lado, outros ficarão se voce se posicionar pelo que é humano, justo e decente.
Juntos a gente produz coragem e não verga. Participe das assembléias, visite a sede e escreva ao SINTESPO.

A elite dos funcionários das Universidades

Vamos deixar no ar, por enquanto, porque comentarei em breve, estas perguntas:

1. Por que os funcionários e professores, lotados nas Pró-Reitorias, não participam das assembléias sindicais? Eles não se consideram funcionários? Nossas lutas não são a deles? Eles são gente de confiança do Governo e não podem comprometer o patrão? Ou eles, tem medo do restante?

2. Que tal a PROGRAD, DIFI, PROPESP, PRORH e outras pararem a Universidade para chamar a atenção do Governo? Que eles fazerem um exame de sangue e perceberam que é a mesma essência que corre nas veias do pessoal da manutenção, da vigilância, dos servidores nos setores e departamentos?

3. Que tal os chefes de gabinete, divisão, seção virem para nossas reuniões e nos darem sua visão das políticas públicas em relação aos trabalhadores do ensino superior?

4. Que tal eles travarem uma conversa construtivo, sugerindo alternativas, ao SINTESPO?

Me digam, se não estou certo ou pelo menos, se minhas desconfianças se justificam?

Sinceramente, voce está colecionando certificados, para que?

Já recebi propostas e comentários dos mais indecentes possíveis. Alguns consegui me livrar com jeito e educação e em outros perdi a calma. Numa oportunidade, um servidor me propôs fazermos, juntos, um curso de especialização, desses que a monografia é em dupla. Coisa de rir, mas existe. Ele declarava em todos os cantos que detestava estudar, sendo os livros seus piores inimigos. Mas ele precisava do certificado de especialista porque isso lhe propiciaria alguns percentuais no salário, que já não era baixo. RECUSEI. Já ouvi de estudantes de cursos de graduação à distância que estariam fazendo os mesmos apenas para melhoria de salário. Havia até os mais indecorosos que achavam que eu daria trabalhos acadêmicos prontos. Enchia tais pessoas de referências bibliográficas para consultarem, mais a minha desagradável descrença com alguns cursos à distância, que mais parecem cursos por correspondência, todo apostilado, sem livros, sem pesquisa e sem extensão.
Todo ser humano, especialmente o acadêmico, o funcionário das universidades, o professor, tem que seguir uma trajetória acadêmica, intelectual, uma formação que combine duas coisas: sua realização pessoal e sua vida pessoal-financeira. E combinam bem. Não faça aqueles cursos vagabundos apenas para mentir a voce mesmo que está se aperfeiçoando. Não fique apenas na dependência de cursinhos baratos, dados. Invista em sua formação intelectual e profissional. Vá atrás. Gaste dinheiro nisso. Tenha certificados dos quais voce possa compartilhar o conhecimento, falar deles com honra. Mereça seu certificado.

Que herança deixa um servidor universitário?

As universidades precisam de professores e funcionários que sejam INTELECTUAIS. Essa palavra anda meio desusada, servindo de adorno para muitos masturbadores do pensamento, mas é a que eu tenho e preciso usar aqui. Não se assustem quando menciono a possibilidade de professores serem intelectuais, isto é, capazes de criar, difundir e gerenciar pontos de vistas próprios a respeito de coisas do cotidiano de todos nós ou da riqueza cultural da humanidade. Tem professor que não tem mais que meia dúzia de livros de filosofia, sociologia, história ou romance em casa. Um amigo meu, certa vez foi na casa de um professor que tinha apenas dez livros, na cabeceira da cama. Não dá para ser professor assim. Mas é insuportável ouvir que funcionário porque não dá aulas se dispense da boa formação, do estudo, da reflexão. Todos que estamos nas universidades temos o dever de ser pessoas de sólida cultura, de rica formação, compradores de bons livros, escritores por excelência, de sermos pessoas de opinião, corajosas, exemplos para o mundo. Sempre estou procurando comentários dos nossos grandes funcionários, dos exímios pesquisadores nos jornais e dificilmente encontro. Eles não sabem falar dos males e das alegrias do cotidiano. Alguns alegam não ter tempo para isto. Em geral, estas riquezas de necessidade só surgem quando a maldita depressão assalta nosso cerébro. Seria bom que todos, professores e servidores, se importassem pouco mais com a vida lá fora, ou como a própria vida é. Sugiro a leitura do livro "O neoliberal", do Professor Giovani Marino Favero (Editora Ithala). Claro, reconheço a presença de alguns servidores nos sites, como Recanto das Letras, mas temos que fazer a diferença na região dos Campos Gerais.
Segue uma sugestão de bons livros, imprescindíveis para um funcionário universitário que se preze, se valorize. Antes, não faça parte daquele grupo de inimigos do espelho que procuram apenas bens materiais com o dinheiro que ganham. Toda a semana com uma roupa nova, carro novo, viajam para as Zoropa, mas a cabeça é oca, vazia, limitada ou quando muito cheia de merda. Seja diferente. Seja inteligente. Seja rico em espírito, em alma. Claro, seja uma pessoa bondosa, que coloca os outros em primeiro lugar, que não tira proveito imerecido das coisas. Seja honesto. Seja humano, respeitoso com quem tem menos informação que você, fale educadamente, olhe carinhosamente nos olhos das pessoas, goste do cheiro delas (do pior cheiro voce não evitará nem o seu, a menos que seja cremado ou cremada). Vamos às sugestões:
(1) Declaração Universal dos Direitos Humanos - http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htmtp://portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm

(2) Constituição Federal Brasileira - 1998 - Não vão procurar a de 1824 porque ela defende a obediência cega e a ordem. Legalizava a escravidão no Brasil. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm

(3) Constituição do Estado do Paraná http://www.legislacao.pr.gov.br/legislacao/listarAtosAno.do?action=iniciarProcesso&tipoAto=10&retiraLista=true  -

(4) Estatuto e regimento da Universidade -

(5) Visitar sebos e livrarias. Adorne-se com a sabedoria. Não se apegue ao seu cargo, se você não tem cultura suficiente para ele. Não é o seu carimbo que o torna valoroso no serviço público.
(6) Faça cursos, assista palestras, assista bons programas de televisão (Café filosófico, Em Pauta, Jornal da Cultura, Tribuna Independente).

Servidores universitários e a pimenta nos olhos alheios

As universidades estaduais se transformaram em pequenos feudos. São controladas por uma geração envelhecida, caduca e interesseira. Por isso, como dizia o Governador Requião, é um trombolho que não anda para frente.
Escancararam a porteira dos privilégios. A coisa foi como se soltassem a barragem da Itaipú. Uma maneira de se livrar do descalabro é punir, represar os inimigos (aos amigos tudo, aos inimigos a lei). Toda essa ameaça de corte de horas-extras, repito, aos que de fato as realizam, se resolverá quando novo momento eleitoral para as reitorias e para o Governo do Estado chegarem. Mantenham a calma. Logo as pessoas andarão distribuindo sorrisos pelos corredores, abraçando, prometendo trocar chefias, em seguida colocando as mesmas. Só será idiota quem sentir prazer em sê-lo.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Privilégios nem sempre se transformam em direito, mas em dor de cabeça!





Alguns funcionários e professores das universidades estaduais, propositadamente, nunca quiserem refletir, se os adicionais salariais que perceberiam no transcurso da sua história, era direito ou privilégio, se algum preço seria cobrado futuramente. Importava-se ganhar sem perguntar se, merecimento ou não. Alguns pediam sigilo de sobe as funções gratificadas que receberam, tementes da concorrência com os próprios colegas. A antiga tese do eu por mim e os demais que se danem, sem importar-se com o desrespeito com os colegas, direito e justiça que deveria extender-se a todos, ou a coerência do texto legal. Ganhando, comprariam mais. Se endividaram e não era difícil encontrar pessoas chorando pelos corredores, uns até falando em suicídio, fugindo de agiotas. A velha política eleitoreira, paternalista, assistencialista e clientelista que confundia servidores estaduais, lhes deseducava em relação a administração salutar da própria vida financeiro-particular.

Posteriormente, a nuvem negra das “horas extras” turvou a boa visão que se tinha da vida nas universidades Seu relato pertencerá aos escritos da História do ensino superior, destacando-lhe capítulo vergonhoso na responsabilidade fiscal com o dinheiro público. Se algum dia o Governo do Paraná, realmente, desejar corrigir imoralidade deverá implantar ponto eletrônico biométrico em todas as unidades das IES, programado para quatro assinalações. Deverá banir as substítuíveis folhas de frequências, ou no mínimo determinará o livro ponto paginado.

Faltou aos servidores, por desleixo próprio, esforço para compreender o estatuto das horas-extras, como de fato são. Horas extras decorrem de necessidades eventuais e não podem constituir-se frequêntes. Não se justifica que um mesmo servidor tenha horário de horas-extras durante quatro anos, nos mesmos horários, sem variação. Há segmentos que justificam horas-extras, por exemplo, as secções de vigilância, no caso das universidades e algumas pró-reitorias, parece.

O remendo ficou pior quando alguns tiveram que escolher entre "FG" e "Hora-extra", como se fossem a mesma coisa. Para alguns a FG ficava abaixo da "hora-extra". Esta passou a condição de complemento salarial.

Os servidores erraram ao entender que "horas-extras" ou o favor como eterno. Igualmente erraram os que criam a cultura das mesmas, ou seja, alimentaram, a distorção conceitual. Se por anos elas se fazem necessárias isso implica que contratações novas são necessárias. Mas, nós funcionários temos esta consciência? Ou queremos abraçar o mundo com as mãos?

Não parece correto, coerente e justo, um Sindicato apoiar a política de horas-extras no serviço público da forma como está projetado nas universidades. Elas contrariam a necessidade de descanso, lazer que o servidor necessita, quando, de verdade são cumpridas.



Participação na vida profissional e pressão administrativa - assédio moral, não!

Escutei comentários, andando pelo Campus, de que algumas "chefias" (essa cambada gosta desse termo, Nossa Senhora do céu!), devagarinho, de mansinho, chegam nos funcionários e dizem que se forem na paralisação ou em alguma greve "vão ser descontados sim, vocês é quem sabem, mas vão ver". O problema é que maioria desses idiotas, tranqueiras, obstáculos ao serviço público de qualidade, estão apodrecendo nesses cargos, exatamente porque não tem personalidade própria ou são autênticos tiranos. Falta de personalidade é mais marcante. Quando um idiota desse é convidado para assumir a suposta "chefia", o imprestável se considera não mais parte do funcionalismo público.
Essa espécie daninha só cresce nos corredores da Universidade porque os demais funcionários regam o egoísmo, a falsa imagem que estas figuras apresentam. Elas são menos que do aparentam. Não tem conteúdo. Só tem a palavra "chefe" no carimbo. Roubaram o carimbo elas ficam a zero, tal é a mediocridade dos tais. Pergunto: alguém leu algum texto, algum comentário, ouviu alguma fala na mídia, dessas pessoas que valesse a pena? Eles não sabem nada, nem da vida deles.
Como os servidores permitem esse tipo de intimidação, de arrogância, de cabresto? Primeiro, pela falsa idéia de que somos funcionários deles. Não somos. Servidores públicos, do Governo Estadual sim. Segundo, porque gostamos e precisamos das esmolas e migalhas que nos dão da sua mesa. Sem nossa própria autoestima, corremos atrás do falso amor dessas pessoas, que na verdade, só serão assim, enquanto nos entregarmos a elas, sem questionar sua nudez. Se um servidor quer ser respeitado, deixe de correr atrás de vantagens, privilégios e amizade com gente autoritária. Cumpra o seu dever que é com a população e com o Estado. O resto que vá pro inferno. Terceiro, pelo comportamento fisiológico. Essas bestas adoram que o funcionário se dirija a elas com vóz trêmula, cabisbaixo e mudo. Como superar isso, nunca deixe que uma pessoa discuta seus direitos. Mas seja apto, o suficiente, para voce mesmo descobrí-los, nos livros, no Estatudo do Funcionário Público, na Constituição. Qualquer funcionário que não procure ler, estudar, se informar é presa fácil de tais rapinas. Ao encontrar com eles, mantenha atitude de boas maneiras, etiqueta, mas levante a cabeça, fale alto, não se comporte como velhinho, como coitado. Fale firme. A pessoa que está diante de você, na maioria das vezes, nem em sua casa tem tanta autoridade, leva sabão nas ruas de Ponta Grossa, e não tem nenhum conteúdo humano em seu coração, sua realização é sentir-se chefe num local, onde ela é, simplesmente, igual a você.
Digo isto para que o Sintespo comece a se preocupar, conversar com as "pseudoautoridades" na Universidade que, na surdina, ameaçam os servidores para não participarem das questões pertinentes à sua categoria. Precisamos mostrar que não nos submeteremos ao assédio moral. É pela causa desses pró-fascistas que estamos lutando. Vão se catar.
No meu caso, três coisas muito contribuiram em minha vida, para não temer homens e mulheres vazios e arrogantes. Primeiro, a herança gaúcha do meu bisavô que era um missioneiro respeitado em nossa vila. Era no fio do bigode a palavra dita. Segundo, me criei na roça e no mato, enfrentando feras, dormindo no tempo e no temporal, meu cotidiano se dividia entre livros, machado, enxada, foice e martelo. Terceiro, minhas leituras. Meu adorno, meu perfume e as minhas roupas são os meus livros. Por isso, não nasci para viver agachado, como escreveu Nelson Werneck Sodré.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Que cursos os servidores das universidades precisam?

Uma das importantes realizações do Governo Requião foi instituir nas universidades a possibilidade dos servidores progredirem na carreira. Essa progressão acontece através de cursos, palestras, atividades educativas que participe. Não creio que as universidades se importaram com isso. Os funcionários nunca receberam os cursos e a formação/aperfeiçoamento que precisavam. Muitos dos palestrantes eram pessoas, igualmente, atrás de carga horária e currículo. Santo de casa pouco ou nenhum milagre faz.
Tenho outra proposta de formação dos funcionários.

Curso básico para todas as categorias:
1. Conceituação e importância do serviço público;
2. Conceito de universidade e o papel do servidor;
3. Deveres, direitos e relações dos funcionários públicos com a sociedade;
4. Importância da sociedade/extensão para a universidade;
5. Importância do alunado;
6. Relações professores, alunos e servidores;
7. Noções da Constituição Federal, Constituição Estadual e Regimento da Universidade;
8. Noções de sociologia, filosofia, espírito crítico, cidadania;
9. O que é um funcionário qualificado, preparado - a importância dos estudos e do aperfeiçoamento;

Curso específico
Os servidores deveriam ser lotados por Centros (em Ponta Grossa, inútil e equivocadamente chamados de Setores) e preparados, especificamente, para atuar nestes Centros. Os laboratoristas deixam de ser apenas equipe de limpeza exclusiva do laboratório.
1. Relação do laboratório com a área de conhecimento;
2. Práticas específicas daquele laboratório;
3. Participação do servidor em pesquisa e extensão;
4. Temas especificos da área do laboratório.

(Adapta-se a biblioteca, secretarias, divisões).

Corte das horas extras nas universidades - encarando a verdade

Tenho participado de algumas reuniões entre os Sindicatos e o Governo do Paraná a respeito da carreira dos docentes e técnicos das Universidades e faculdades paranaenses. Apenas como observador. Munido de papel e caneta, discretamente, vou observando gestos, sinais, comportamentos, telões, ligações telefônicas e gestos falhos.

O Governador Campos Salles (apelidado de Beto Richa) tem uma obsessão em destruir a Lei 15050, do Plano de Carreiras, porque odeia, gratuitamente, o Governador ROBERTO REQUIÃO. São dois modelos de governo, diferentes como o leste está o oeste. Para Requião, o serviço público é a melhor forma do Estado atender a população e o funcionário o mais indicado para intermediar este serviço. Por isso, para Requião, o servidor deve se aprimorar fazendo cursos, palestras, se graduando, posgraduando e as universidades na ênfase pela extensão e não apenas pelas pesquisas (Eu escutei isso do Requião na Escola de Governo). Muitos servidores são estúpidos, ingênuos, ignorantes e atacam o Governador pelo temperamento de ser um homem decidido, convicto, sem meias palavras e que como estadista, sabe das forças poderosas que enfrenta.
O Governo de Campos Salles, mantido pelos partidos PPS, DEMO, PSDB, PSB (em Ponta Grossa, Marcelo Rangel e Plauto Miró) tem caminho oposto. Para eles ninguém serve melhor o povo que a empresa privada. Por isso, o quanto for possível do serviço público, é melhor terceirizar ou privatizar. Como o processo de qualificação e "reciclagem" ocorre por força do mercado na iniciativa privada, o Estado não precisa de servidor que estude. E olhe, que isso caiu como uma bênção para aqueles funcionários que dão graças a  Deus por não lerem coluna de leitor em jornais. Vivem cansados, desesperados e se aposentando no ano que vem. 
Mas as atitudes do Governador em represar o Plano de Carreira e os aumentos legais do funcionalismo tem algumas coisas que mereceriam, agora, uma lavada de roupa suja em nossas reuniões. 
Os governos e administradores das instituições públicas, descobriram que quanto mais favores concederem aos funcionários, mais endividados ficarão e mais submissos e conformados estarão sob as asas poderosas dos que não querem largas as tetas do poder, alguns até com vantagens maiores que os funcionários. São esses favores que nos iludem, que não nos entusiasmam a comparecer nas assembléias, a participar de mobilização, das greves, de deixar a cadeira confortável das FGs e lutar pela dignidade da nossa categoria e pelo prejuízo que causam aos outros. É o individualismo barato e cruel, que eu ganhando os demais que se fodam.

Muitos funcionários se aproveitaram da sangria desatada. Alguns chegando ao absurdo de pedirem pagamento de horas-extras em período de férias, como julho. Outros, substituindo horas-extras por FGs, quando as primeiras deveriam ocorrer apenas em eventualidade, e não como pagamento permanente, todos os meses. O problema é separar o joio do trigo. Aquele servidor que realmente cumpre sua jornada de trabalho, que seu serviço efetivamente requer, daquele que nada tem a fazer na manhã, ao invés de ser remanejado para noite, ilude com o acréscimo das horas-extras. As universidades precisam rigor na concessão de horas-extras, verificação se há, efetiva necessidade, se o servidor permanece o horário que assina no ponto. As Universidades não são instituições de caridade. Como lida com inúmeros funcionários, tem ser que justa com todos.

São estas horas-extras, que segundo o Tribunal de Contas, pesam nas contas do Governo e que agora, Campos Salles, quer coibir com o relógio ponto digital, atitude que funcionários de caráter não temem. Mas podemos estar pagando o preço dos aproveitadores, que se revoltam nos corredores quando são criticados pelo oportunismo no dinheiro público. Sabe aquela história de que cada um cuida de si? Mentira, mal comportamento de alguém, estraga para todo mundo. 

Licença especial - tem periculosidade e FG?

Antes de comentar um assunto tão importante, alguns esclarecimentos. Os comentários aqui postados refletem meu pensamento e pesquisas sobre o serviço público. Não tenho pretensões de substituir, nem posso, o papel que o SINTESPO (Sindicato de Docentes e Técnicos) tem. É importante, estou convencido que professores e técnicos devem estar filiados nele e recorrer, como direito, aos seus serviços. Digo isto, porque aqui ou ali minhas opiniões podem distoar do Sindicato ou ainda para lembrar que é perigosa a prática que alguns maus conselheiros fazem em repassar informações das quais não são participantes e confundir o entendimento dos funcionários.

Um professor da área de Saúde solicitou junto a PRORH/UEPG sua licença especial e as férias que tinha direito. Como os burocratas da Universidade pretendem ser mais realistas que o Rei, cortaram o adicional de periculosidade do docente. Como ele é cidadão, consciente, busca legislação, entrou com processo na Justiça e obteve causa ganha. Segundo informações, neste mês estará recebendo retroativamente. O Magistrado lhe deu causa ganha.
Informe-se disto no SINTESPO. Faça por e-mail ou telefone. secretaria@sintespo.com.br ou 3226-2711. Podem citar este blogue se quiserem.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Trabalhadores técnicos da UEPG e o Governo Richa

TÉCNICOS DA UEPG APROVAM INDICATIVO DE GREVE PARA DIA 05 DE SETEMBRO, COM POSSIBILIDADE DE GREVE GERAL A PARTIR DO DIA 11 DE SETEMBRO.
Em Assembleia Geral do SINTESPO-Sindicato de docentes e técnicos da UEPG, 200 associados decidiram, depois de quase três horas de assembleia, aprovar nova reunião para 5 de setembro, com pauta específica de greve a partir do dia 11 de setembro. A decisão da assembleia resulta das negociações frustradas com o governo do Estado que desde janeiro de 2011 negocia o PCCS da categoria e até agora nada prático foi concretizado. Nos últimos meses o Governador apresentou e retirou variadas propostas, todas recusadas pelas assembleias, por atacarem conquistas históricas da categoria, como avanços na carreira por titulação, progressões por méritos. O governo apresentar uma tabela razoável, mas em contra partida, atrelava a extinção de algumas carreiras, incluia terceirização do(privatização) setor de vigilância. O funcionalismo jamais aceitaria a proposta. De lá para cá, o Governador vem protelando, culpando o governo anterior pela criação de um Plano de Carreira que, na sua opinião, facilitou exageradamente a vida dos servidores e isto carece adequações, extinções, dentro do programa neoliberal de governo. Estamos sob a égide de uma administração que busca lucrar com o perfil de um funcionário que seja desconhecedor da sua capacidade intelectual e da sua cidadania. No dia 09 de agosto a SETI apresentou ao funcionalismo do ensino superior e aos reitores nova tabela firmou compromisso de garantia dos direitos adquiridos. Dia 19, os sindicalistas e Governo, novamente se encontraram, transmitindo, os Sindicatos, a confiança dos servidores e a aceitação da proposta de tabela salarial. Como prova disto se suspenderiam, temporariamente, os indicativos de greve, visto que o governo se comprometeu garantir os direitos adquiridos e efetuo do pagamento junto com os docentes no mês de outubro. Uma resposta foi prometida para o dia 27. Porém, a reunião resultou em mero jogo retórico, palavras ao vento. O governo informou que pretende aprovar a minuta até final de setembro, inicio de outubro. Quanto a tabela salarial, faria todos os esforços para que o pagamento se concretize no primeiro trimestre de 2013. Num cenário adverso, Sindicatos e trabalhadores, sem garantias de que o governo cumprirá o prometido, como fez com os docentes, decidiram por reavaliar a questão em assembléia apropriada para isto, no dia 5 de setembro, tendo como pauta, greve a partir do dia 11 de setembro.
Contatos: Emerson José Barbosa (Mestre em Ciências Sociais) - Diretoria do SINTESPO - 42-3226-2711

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Reforma neoliberal e sindicalismo no Governo DEMO-PSDB-UDN no Paraná

16 de agosto de 2012. Sindicatos mistos da UEL, UEM, UEPG, UNIOESTE se reunem com o Secretário de Estado da ciência, tecnologia e ensino superior, às 14:00 horas na SETI.
O Secretário inicia a reunião afirmando que reconhece a legitimidade dos Sindicatos mistos como autênticos representantes do professorado universitário, considerando que as tendências sindicais próximas dos grupos, ideologicamente, vinculados ao PSTU representam opiniões de grupos minoritários nas universidades. Solicitou então, que cada representante sindical expusesse o posicionamento extraído de suas bases, das assembléias que realizaram em relação as negociações e atitudes para com o governo do Estado do Paraná. De forma quase consensual, as lideranças manifestaram confiança e reconheceram que passos tem sido dados pelo Governo do Paraná para dialogar com professores e técnicos adminstrativos. Reconheceram que o governo vem chamando para discutir planos e carreiras, tabelas, e muitas propostas dos servidores tem sido implementadas nas planilhas do Governo, considerando mesmo as dificuldades que o Estado alega. O secretário pediu que estas lideranças se manifestassem à mesa em relação aos boatos de greve deflagrada em algumas instituições e se isto seria de fato concretizado e como. O Governo está informado de que apenas a UEPG, numa reunião simbólica, teria decretado greve, enquanto outras universidades demoram tomar decisão. As lideranças sindicais declararam ao Secretário que os sindicatos presentes, entendem a disposição do governo em negociar e atender as revindicações, e que suas bases não aprovaram qualquer indicativo de greve, antes de 14 de setembro. O Secretário pediu, na mesma hora, que fosse feita ligação ao Secretário de Estado da Administração e Previdência, Jorge do Bem, afirmando que o Governo está recebendo declaração dos Sindicatos mistos de que não apoiam o precipitado indicativo de greve, que recebeu destes sinal de que enquanto as negociações estiverem caminhando, progressivamente, não sinalizarão com greve, sendo partícipes do Governo na busca de solução combinada e que a SETI, negociará com estes Sindicatos como representantes plenos das categorias e manterá a discussão da carreira docente, inclusive, em respeito a estas agremiações sindicais. Então o Secretário da SEAP agendou com os dirigentes uma data para negociar os encaminhamentos dos servidores das IES.
O Secretário da SETI foi franco, o Governador Beto Richa quer saber mesmo, que grupos estão tentando enfraquecer o governo, partindo para o ataque desmedido e que se utilizam de minorias para decretar paralisações que prejudicam o serviço público. O governo enfrentará quem ofereça resistência injustificada. Pediu que os Sindicatos do diálogo levem às suas bases o reconhecimento do Governador e do Secretáriado de Estado. O Governo atuará com sinceridade, transparência, boa vontade e mútuo conhecimento.
Segundo ele, o Governador reafirmou o compromisso, sua disposição em manter quaisquer direitos adquiridos, não causar prejuízo aos que estão nas carreiras. As lideranças sindicais pediram à SETI que seja transformado em lei os aspectos dos docentes e dos técnicos. Pediram também que ambas sejam promulgadas para o mês de outubro de 2012.
O Secretário rogou a compreensão e demonstrou ter reclamado junto a SEAP a respeito da visão, exageradamente, técnica das leis, principalmente da que se refere aos técnicos. Esclareceu também que o Governo Richa vem sofrendo retaliação do Tribunal de Contas do PR, que está composto em sua maioria por pessoas designadas pelo Governo Requião e que agem, pesadamente, contra o atual modelo de governo.
[Esta é uma descrição técnica. Não confundí-la com a opinião dos Sindicatos. Em outro comentário, formulo minha crítica pessoal ao encontro].