domingo, 4 de novembro de 2012

IMPRESSÕES DE UM VETERANO

IMPRESSÕES DE UM VETERANO
O dia amanheceu nublado e com temperatura amena, embora sentindo a ausência de uma maior insolação (o que daria maior disposição), parto para a prova do ENEM! Eu e meu filho. Sim, mesmo depois da já ter passado dos 50 ainda encontro ânimo para novos desafios!
Meu garoto buscando se redimir do fato de ter abandonado seu curso de Letras no último ano e eu, apesar de já possuir uma graduação, busco na pontuação da prova um acréscimo na nota do vestibular que irei prestar no próximo mês para uma vaga no curso de Direito; meu sonho, aliás, de muitos anos.
O transito até as proximidades do centro flui tranquilo, porém, ao adentrar a Santos Dumont complica um pouco. Aproveito que estou adiantado em relação ao horário do início da prova para quitar uma mensalidade do famigerado, mas infelizmente necessário plano de assistência funerária, e também uma prestação das ultimas roupas adquiridas no tradicional centro de compras de Ponta Grossa; empresa que, por sinal, faz parte da história recente dos Campos Gerais.
Cumprido esses deveres inadiáveis, rumamos para o local da “sangria”: o bom e velho Colégio Regente Feijó. É cedo ainda, dá tempo de sentar num dos bancos da praça sob a sombra das velhas e frondosas árvores onde pombos, pardais, sabiás e outras espécies arrulham, chilreiam e gorjeiam alegremente.
Enquanto conversamos sobre amenidades aproveito para observar os transeuntes e frequentadores da “Barão do Rio Branco”; identifico um individuo de má aparência e, ao que parece de más intenções, que circula por ali aparentemente em busca de uma vítima para sabe-se lá o que.
A viatura policial que estava estacionada sobre a calçada em frente ao colégio saiu logo quando da nossa chegada ao local, dessa forma não existe segurança nenhuma no perímetro da praça, fato que pode favorecer a malandros e oportunistas em seus intentos contra o cidadão.
O senhor José Joaquim da Silva Xavier esta lá, num dos lados da praça, imponente apesar da corda sobre o seu pescoço, e na base do pedestal a frase que se tornou imortal: “Se dez vidas eu tivesse, dez vidas eu daria”. Fico pensando se a grande maioria dos jovens que participará do exame tem consciência da importância da imolação daquele brasileiro para a história do país.
Chega a hora do sacrifício, adentramos o velho colégio, a movimentação de garotos e garotas é intensa, os fiscais estão por toda parte orientando e direcionando os candidatos, porém alguns, marinheiros de primeira viagem, estão mais perdidos que os meninos não sabendo sequer indicar a numeração das salas. Parecem estar ali somente para ganhar uns trocados extras no final de semana.
Quando chego ao local onde irei torrar meus neurônios, ele já se encontra tomado pela maioria dos concorrentes e com alegria percebo agora mais claramente que não são só jovens que estão ali, mas também gente acima dos 30 e até dos 40 anos. Sinal dos tempos! Percebe-se que a necessidade imperiosa de se escolarizar começa a surtir efeito entre a classe mais madura da população.
Apesar da natural apreensão por encarar o novo e o diferente, a idade e experiência de vida me deixam muito mais tranquilo do que a maioria e dessa forma enfrento essa nova peripécia como mais um degrau a ser vencido na escada da vida. O tempo para resolução das questões nessa primeira etapa é de 4 horas e meia; três horas depois de iniciado, entrego meu cartão de respostas e o caderno de questões e saio da sala com a sensação de haver cumprido com o meu dever.
Talvez não tenha me saído tão bem quanto espero, mas nem tão mal quanto possa ter pensado que seria. Aprendi através de uma antiga citação que: mais valem as lágrimas da derrota do que a vergonha de não haver lutado, e assim volto para o aconchego do meu lar cansado, com um pouco de dor de cabeça pelo esforço de raciocínio, mas satisfeito por poder mais uma vez ter colocado em prática tudo que a vida e a escola me ensinaram nesses meus cinquenta e poucos anos.

Eliomar Pupo
Graduado em Geografia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa
servidor público na UEPG.
e-mail: eliopupo@gmail.com

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Governo massacra sindicatos e ignora servidores públicos

Estranha e diabólica nota ocupou estes dias a página virtual da UEPG. Documento histórico considerando que registra o fulminante golpe dado pelo governo fascista, neoliberal, autoritário de Campos Salles (2010-2013) contra o serviço público do ensino superior paranaense e seus servidores. Despolitizados, contando com a maioria de seu quadro, alienada, coberta de privilégios, indiferentes ao papel significante do servidor público como agente social, educacional e exemplo para a sociedade brasileira, que não participou dos movimentos, sentou-se na cadeira (os kou sentados), sofreu fragoroso massacre, moral e legal.
Os sindicatos, então, nem se fala. O drible dado pelo governo lhes fez perder os sentidos, a convicção e a direção. Nem sabemos ainda, se as lições da refrega serão discutidas entre a categoria, pois o governo assinalou com a punição, enviou o projeto de carreira do seu jeito para a Assembléia e pouco se importou com o que se estava dizendo. A intimidação foi um sucesso fantástico para o governo autoritário do fascismo paranaense. Sequer se conseguiu fazer uma leitura política do fenômeno tal qual está ocorrendo no Paraná. Retomemos à funesta nota da UEPG.
O governo substituiu, por autoridade e conta própria, os sindicatos nas negociações, não reconhecendo sua representatividade. Diz a nota que o Governo de Campos Salles acordou com os reitores, que não pareceram em nada comprometidos com os servidores que lhes dão sustentação em épocas de eleição, que facilmente esquecem os desmandos, que acreditam nas fofocas que impedem as mudanças necessárias que as universidades precisam. Acordou com os reitores, que não representam o funcionalismo, mas a cadeia de comando de um governo anti-democrático, anti-social, retrógrado, privativista e que não atribui nenhum valor ao serviço e servidor público. Apenas apresentaram aos Sindicatos. Trouxeram a lei Francisco Campos pronta. Quem fez os ajustes? As denominadas equipes técnicas das universidades, subordinadas aos reitores, subordinados ao Governador Campos Salles, derrotado nas eleições municipais de Curitiba, vitorioso no seio das universidades.
Na última reunião do SINTESPO percebeu-se  decepção dos funcionários, claro, coloridos pelos olhares medrosos das ameaças do tigre desdentado que está urrando desde Curitiba. Distoa do otimismo da UEPG e da retórica de seu reitor, cujas palavras no final da matéria, causam estranheza. O restante da nota da UEPG não merece considerações. As urnas das eleições municipais em Ponta Grossa responderão, desta vez, não apenas o funcionalismo das universidades, mas o povo, que, inclusive, a universidade tanto alega servir (em textos escritos). Mencionar figuras sem qualquer importância no contexto histórico-social, político e intelectual do Paraná, como Jorge Sebastião do Mal, um tal Veiga Sebastiani e a igrejinha dos reitores, a tal APIESP, o deputado feudal Traia No, não contabilizam respeito aos servidores, envoltos numa guerra, que terá fim quando em 2014, retornar o governo do estadista paranaense. Somos todos vítimas da vingança de um governo de latifundiários contra um governo que deixou marcas populares e de respeito aos servidores. Campos Salles e seus subalternos vingaram-se nos trabalhadores das universidades do Governador Roberto Requião.
Não houve diálogo. Toda a negociação foi respaldada e conduzida num clima de arrogância, prepotência, pedantismo e autoritarismo. E assim, a universidade paranaense continua muito distante de qualquer compromisso de construir uma universidade  comprometida com a transformação da sociedade. Como transformar se estamos fazendo campanha e praticando a subserviência a um governo cujas práticas se vinculam a grupos que não desejam avanços no processo revolucionário brasileiro, em princípios gerais, defensores de políticas anti-sociais, de concentração de riqueza, valorização de grupos da elite exploradora do país. Isso é uma vergonha!





segunda-feira, 1 de outubro de 2012

UEPG - servidores qualificados

Esta semana acompanhei estudantes da UEPG em evento na USP. A viagem foi maravilhosa. O motorista (Roberto), concursado em 2012, primeiramente é uma pessoa extrovertida e gentil. Nos tratou com inigualável camaradagem. Os alunos desceram da van com sorrisos.
No caminho fomos conversando. Roberto é casado, pai de dois filhos e é estudante de Direito. Migrou de Campinas para o Paraná onde encontrou múltiplas pedras no caminho. Está feliz com o trabalho na UEPG. Trancou o curso de Licenciatura em Matemática, área de estudos em que mais se realiza e dando vóz ao coração, gosta de ser nela, autodidata.
Roberto me surpreendeu pelas claras convicções a respeito da sociedade brasileira. Tem posição política declarada, firme e dela discorre com argumentos profundos. Conversamos sobre privatizaçõe, neoliberalismo, socialismo, esquerda, moralidade pública e ciência política. É um intelectual corajoso, não me perguntou se podia ou não opinar sobre o processo político paranaense. É republicano convicto e causa-lhe espanto quem defenda a monarquia. Para ele o problema das drogas é questão de oportunidade de trabalho que o modo de produção vigente no país não dá conta. Num dos bancos do veículo um Vade-mecum do Direito estava para ser lido antes de dormir no Hotel. Navega com tranquilidade em questões de Direito Administrativo, Penal e Constitucional. Para Roberto quem faz Direito, como quem faz Medicina, não tem motivos para pedantismo, se não para melhorar sua personalidade com o tempero do respeito a dignidade alheia.
A UEPG deveria ter um quadro espelhando a formação de seus quadros, principalmente, aqueles que não estando no corpo de docentes, são pensadores de inestimável valor.
Se voce é servidor, possui curso universitário, posgraduação, recentemente, fez primeiro ou segundo grau, me avise, me escreva, me conte sua história.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

UEPG: lições de um movimento - 1ª parte

O que a greve, a paralisação dos 200 servidores da UEPG, representou para todos? Que lições nos ensinou? Diversas.

Do ponto de vista da prática sindical, descobrimos que nem todos os funcionários da UEPG estão inseridos na caverna do obscurantismo, da paralisia intelectual, da estupidez que fermenta no interior de indivíduos escravos de livre vontade, sentados nas cadeiras da administração ou nas ferramentas operacionalizadas sob o signo do paternalismo e do coitadismo. Estes servidores atropelaram as próprias expectativas do Sindicato da Universidade, cujo grupo diretor e seu grupo de apoio, esperavam uma reação de paciência e espera quanto ao ato prometido do governo. Ou seja, o grupo foi mais progressista que todos nós. Esse núcleo de resistência está nos mais prejudicados pelas péssimas condições de trabalho, estes não recebendo o salário que merecem. Refiro-me ao Restaurante Universitário e a Seção de Vigilância. O número de mulheres sempre superior ao masculino no enfrentamento dessa luta.

Igualmente recebemos a revelação de que andamos muito longe na estrada da indiferença de um governo neoliberal, das dificuldades e do autoritarismo interno da UEPG, do enfrentamento ideológico sem qualquer referência teórica. Sociologicamente, pobres, presos a burocracia e tramitação de processos de interesse dos sindicalizados. E onde encontramos esta referência? Foram os acadêmicos, líderes estudantis que referenciaram a luta, dando-lhe substancialidade. Deve o Sindicato da Universidade, sua direção e o funcionalismo, à contribuição inestimável dos acadêmicos de Serviço Social, Bacharelado em Ciências Biológicas e Agronomia, mais especificamente, nas expressões de de Guilherme Mazer e Leonardo Godoy. A presença do candidato a prefeito pelo PSOL, reconhecendo e identificando-se com o movimento, deu a cor dos nossos princípios.

A luta demonstrou que em momentos de perigo para a categoria, conseguimos a maturidade de nos unirmos na defesa de princípios comuns. Desta forma, aquelas pessoas que se faziam visíveis no meio do funcionalismo como oposição, foram as vozes e a coluna de frente no comando de greve, dedicando-se integralmente à luta, sacrificand seu estômago e sua voz. A única tentativa da ala reacionário-religiosa do embate contra o governo que tentou enfraquecer a convicção dos fiéis soldados na defesa das garantias do servidor, foi de um conselheiro da instituição, cujo nome o ostracismo se encarrega de fixar.

Os dias de paralisação aproximaram os funcionários, serviram como mesa de comunhão. Nos tornamos amigos, irmanados nas horas de discursos rigorosos, quanto no entretenimento para manter o grupo com o sorriso e a esperança acessos. Partilhamos dos mesmos desafouros, xingamentos, revoltas e desprezos, tanto quanto do pão com salame debaixo das árvores. Lideraram o movimento, funcionários da menor escolaridade ao doutorado.





terça-feira, 18 de setembro de 2012

Foz do Iguaçú: o que discutiram os Sindicatos e Reitores?

Graças a rapidez e inteligência do Élio Pupo, do SEBISA, segue o link com as informações para a gente debater amanhã:
http://www.clickfozdoiguacu.com.br/foz-iguacu-noticias/tecnicos-da-unioeste-aprovam-proposta-do-governo-mas-exigem-prazos

Greve dos servidores das IES e o espírito da ditadura militar

Os servidores das Universidades, em nosso caso, da UEPG não estão em greve por vagabundagem. Uma lentidão proposital, transformada em brincadeira de políticos sem palavra, para tratar da tabela do nosso reajuste, que se arrasta a mais de dozes meses. A luta e o sacrifício dos grevistas não é apenas pelo seu contra-cheque, mas de todos, inclusive os que optaram pela atitude covarde de sentar-se na cadeira e não lutar pela dignidade do coletivo. A Universidade é um espaço onde o pensamento crítico, a criatividade, a cidadania e o amadurecimento deviam morar permanentemente. Portanto, a instituição deveria orgulhar-se de ter servidores que não se agacham a exploração e a humilhação. Queremos uma instituição que forme alunos que façam a diferença, com professores que além das aulas, dão exemplo de coragem, firmeza e luta por uma sociedade melhor. Funcionários com mente aberta, esclarecidos, que não vivam dentro da caverna também fazem parte deste currículo fundamental e que constitue a essência de uma universidade séria.
Dito isto, resta lamentar algumas atitudes de burocratas de plantão, provisoriamente instalados na cadeia de comando das universidades, muitas vezes por casualidade, visto que suas posições seriam, com tranquilidade ocupadas por uma variedade de pessoas, em alguns casos do pessoal técnico. É necessário dizer isto e divulgar entre a comunidade acadêmica, pois alguns professores estão se servindo de seus cargos e do fato que seus carimbos estão ineficazes, sem os servidores, e provocando intimidações, ferindo o princípio do direito de greve e da liberdade de expressão.
Durante a manifestação de hoje, funcionários gravaram, chefes ligando para os grevistas e ameaçando corte do ponto, sem falar que circulam comentários de que alguns estão pressionando subordinados para isto. Passados os dias de greve precisamos responder esse tipo mesquinho de "espírito da ditadura militar", a negação do direito de lutar por direitos humanos.
É claro que isto tem a ver com a vergonhosa tradição da UEPG de que professor é superior a funcionário, podendo o primeiro faltar aulas, repor quando dá na telha, viajar para congressos sem prejuizo de sua frequência, cursar pós-graduação às custas do Governo sem prejuízo do seu salário, comparecer quando quer. Claro, há excessões e são poucas. Durante a greve do segmento docente, nenhum funcionário deu falta ao professor ou coordenador de sala ou laboratório. Estas devem ser pautas do Sindicato da Universidade para o pós-greve.
O autor destas linhas participou de duas reuniões sobre o assunto. A primeira e mais importante foi em Curitiba, quando o Secretário da Ciência e Tecnologia, declarou que não estava cobrando faltas dos grevistas, e no caso exemplificou a UNIOESTE, que já iniciara a greve, rompendo a negociação com o Governo do Estado. Nessa reunião estavam presentes os reitores.
Em outra reunião, desta vez, no Gabinete do Reitor da UEPG, presente quem escreve estas linhas, o Administrador da Universidade, afirmou que faria um expediente aos seus subalternos orientando-os a não criarem nenhum constrangimento para que os servidores participassem de uma luta que era justa.
Os kuos-sentados, nova catedoria sociológica do serviço público, estão retirando de seu podre espirito, os resquícios de autoritarismo e pedantismo. Queiram ou não, vamos construir uma universidade democrática nem que seja necessário enterrá-los simbolicamente no fim da greve. Certamente, encontrarei muitos destes nos corredores, e com certeza, garanto que os enxergo totalmente despidos e depilados. Não são bonitos como parecem. Sem roupas, meros cadávares,  que servem de exemplos do que foram os anos de arbítrio no país, expressões de alma feia, como diz o versículo bíblico, quando se aposentarem ou se desencarnarem, "partirão sem deixar saudades". Nenhum livro abordará sua memória. Vidas ocas.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Greve na UEPG: exorcisando o comodismo

Esta 5ª feira, 13 de setembro, foi o quarto dia de resposta dada pela comunidade universitária estadual de Ponta Grossa, as investidas do mentiroso governo de Campos Salles reencarnado contra avanços de carreira dos trabalhadores das universidades e as tentativas de estabelecer no Paraná, em projetos a longo prazo, de processos privativistas nas contratações, corropendo a idéia de universidade pública, gratuita e com conteúdo social. Na verdade, o Governador do PSDB/DEMO/PPS - 45-25-23 - tenta colocar a população contra a necessidade do servidor concursado, da estabilidade e qualidade do serviço público, facilitando que o desânimo tome conta da categoria e assim, as demissões voluntárias facilitem a terceirização.

Um dado importante é que não houve queda no número dos participantes. Estamos tratando de um movimento que incorpora o pensamento e as necessidades de todo o conjunto de trabalhadores no ensino superior, professores, funcionários e acadêmicos. As atividades desafiaram a comunidade que precisou acessar vilas próximas do Campus de Uvaranas e o ou à entrada da Universidade. Os servidores, revestidos de coragem, feridos em sua estima, na plenitude do amor, conversaram com motoristas, dando um histórico das dificuldades e lutas.

O movimento ainda, se marca, por duas combinações perniciosas, não apenas para o ser humano, mas para o espírito de luta, a ausência de envolvimento da UEPG em defesa de direitos, porque historicamente sempre se comportou como mala nos ombros das outras universidades, como parasita de conquistas alheias, é a ausência de servidores que, pensando em privilégios momentâneos, serão daqueles que lamentarão no futuro as perdas, e até quem sabe, culparão o sindicato pelas perdas ocasionadas pela sua omissão na luta coletiva. Além disso, há o servidor que tem mente cauterizada. Ele consegue a façanha de mentir para si mesmo que se trabalho é essencial. Quando os que estão na frente de combate vencem um governo fascista, estes mesmos servidores mentem que tais conquistas são de seu merecimento.

Qual nossa maior conquista, nestes dias? Sem nenhuma partidarização do movimento, sem nenhuma ideologização do movimento, alcançamos em grande parte dos servidores o entendimento de que nossa luta vai além das revindicações de reajustes, de discussão de tabela salarial, mas de que temos um inimigo teórico, temos um programa de governo, uma filosofia de Estado que nos é adversa - o neoliberalismo do Governador Campos Salles, por isso, ecoa entre os servidores a importância da derrota dos prefeituráveis omissos e principalmente daquele que encampa, aqui, a cópia do governo autoritário do Campos Salles.

É digo de registro, a ampla participação da PROAD e suas divisões, de todo o pessoal da DIMAPA e do CPD que estiveram conosco das 8 às 18 horas. O pessoa da PROEX, novamente veio em peso, somos gratos ao lanchinho proporcionado pela equipe da PROPESP e suas Divisões. Também os departamentos do Setor de Siências da Saode fecharam as portas e testemunharam da nossa luta. Parabéns! Esperamos retribuir a solidariedade de voces com conquistas.

Os irmãos presbíteros conselheiros, candidatos a capelania universitária, fizeram discursos inflamados na defesa da categoria, exortando a classe quanto a permanecer unida para enfrentar o inimigo principal que é o governo do Anticristo instalado em Curitiba. Segundo um deles, casa dividida não vence batalha, recordando o Evangelho de Mateus.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Governo chama Sindicatos em 12 de setembro: retomar legislação Lerner

Apavorado com o efeito das greves para o momento político eleitoral municipal, o Secretariado do Governador Campos Salles convocou os Sindicatos das Universidades Estaduais para convencê-los a acatar não só as propostas do Governo como a continuar esperando a disponibilidade da equipe econômica estadual em ler as minutas e dentro do próprio tempo das autoridades curitibanas, encaminhar quando desejarem. O problema é que os servidores esperam isto desde 2010. Esperamos o governo assumir, se ajeitar, ter noção da situação do Estado. A resposta do Governo sempre era esperar mais.
Um dos entraves as negociações é o espírito de apatia, puxasaquismo, hipocrisia, medo e subserviência total dos servidores que não pararam, que cedem as intimidações daqueles museus instalados nas chefias e que por pena e dó, os reitores não os substituem. São estes que se utilizando de servidores carguistas, uns que ora, foram oprimidos mas que, pela atitude de lisonjas, alçaram postos como "encarregados" ou "supervisores" (absolutamente desnecessários, porque a universidade precisa de quem trabalhe e não de supervisores ou encarregados, isto é, quem não trabalha e ganha para isto). Para o Governo tais ovelhas, servidores covardes, que confudem eficiência com traição à sua própria classe, ao espírito coletivo, que deixam os que dão a cara para bater por um universo de funcionários frios e indiferentes, que passam  nos piquetes de greve com nariz empinado, muitos destes funcionários eregidos à Pró-Reitores (outra palavrinha besta), representam o contentamento dos servidores das Universidades com a política do Governo Campos Salles. Vejam que os inimigos da classe de servidores não estão apenas no Governo mas no espírito de covardia interno, explicado pelas mais diversas tolices cuja pretensão é justificar o injustificável.
A reunião desta quarta-feira foi mais uma demonstração como o Governo não merece nosso crédito. Eles nem tinha lido, estudado a minuta que nos entregaram numa das últimas reuniões. Toda a reunião, uma proposta nova, um novo texto. Os Sindicatos escararam ao governo um histórico destas reuniões e de como diante de tanta novidade dada pelo Governo, não há mais como esperar e que os servidores estão se sentindo enganados.
Então, o Secretariado nos fez duas relevantes declarações, pelas quais, tendo vergonha na cara, não desistiremos da paralisação:
1. O Governo ainda não estudou a Tabela nem as propostas dos Sindicatos para o Plano de Carreira;
2. O Governo de Campos Salles quer que forcemos a categoria a aceitar leis anteriores a Lei 15050 e que para nós o melhor será resgatar as políticas para funcionários do Governo Lerner. Eles mesmos não tem originalidade, querem a Era Lerner!!!
Depois dessa, espero que o Prédio da Reitoria, a PROAD, DIMAPA, Pró-RH, PRoPESp, Telefonistas e Manutenção, veja o futuro e não as esmolas das horas-extras, compareçam a assembléia.
(Desculpem, mas teclar uma mão só, é um desespero)

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Greve da UEPG: políticos e prefeituráveis de Ponta Grossa

Dos candidatos a Prefeitura de Ponta Grossa, dois são deputados e mesmo que percam as eleições municipais, retornarão a Assembléia e continuarão sem fazer nada pelo município, só falando ou andando nas sombras do Governador Campos Salles. O único deputado, Plauto Miró Guimarães, figura totalmente vazia, sem sentido, mas que sempre se colou nas imagens dos Governadores defensores do latifúndio paranaense, que tem em Ponta Grossa seu garoto de recados, o Vereador Mainardes, não é candidato a Prefeito, mas ignorou o movimento de professores e funcionários, desta vez, no apoio as revindicações do corpo técnico-administrativo das universidades paranaenses. Toda essa comandita, não compareceu para tentar dizer alguma coisa.
Não estiveram no movimento, Banack, Marcelo Rangel, Márcio Paulik e Péricles de Mello.
Mas o candidato a Prefeito do PSOL, Leandro Dias Santos, compareceu, permaneceu e interpretou a luta dos servidores, falando de uma teoria e prática que lhe pertence, que tem significação porque a possui no espírito e na prática.
Com Leandro, participa, segurando faixas, o Guilherme Mozer, candidato a Vereador do PSOL. Isso mostra que partidos, de fato assumem, o compromisso com as lutas sociais e com a derrocada do medio-fascismo paranaense.

Greve da UEPG: grau de consciência

Esta greve surpreendeu aqueles que duvidavam que o pessoal da PROPESP, PROAD, PROEX, não se consideravam parte do funcionalismo relegado pelo Governo do Paraná (administrado pelos partidos DEMO, PPS, PSDB). Os funcionários destas Pró-Reitorias deixaram suas divisões e secretarias e permaneceram com os acampados das 08:00 às 18:00 hs. Parabéns! Voces fazem parte das conquistas de toda a classe de servidores das Universidades Públicas Estaduais, foram corajosos, conscientes e constarão desta eterna página da nossa história. 

sábado, 8 de setembro de 2012

Quando nossa luta serve de pretexto para alfinetar adversários naturais

Se eu tivesse entrado ontem na Universidade, tivesse apenas corrido atrás de um diploma seco, receberia com maior agrado a solidariedade da Associação dos Docentes da UEPG com a luta dos servidores. Estou distante dessa "fé" muito bem assinalada na nota. Salvo, raríssimas...excessões... até na forma como nos encontram, como se referem a nós, já distoa de tão "espirituosa nota". Eu fui dos que jamais me deixei convencer da eficácia de uma suposta greve (todo o trâmite já estava pronto na Assembléia Legislativa). Não confundo luta por questões salariais com qualidade de ensino na Universidade (de 1988 para cá não me permite essa análise) e espero que os servidores técnicos não embarquem nesse discurso. Do outro lado, meu profundo reconhecimento aos estudantes da Universidade, muitos dos quais, são reprovados aos gritos, por duas faltas, por 0,00001, que pararam a Universidade. Unicamente a estes, o meu reconhecimento. Como diz minha avó "que vão para o quinto dos infernos, adiante das tres porteiras".

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Prefeito do Governador aqui... não!!!

Funcionário público tem vergonha na cara!
Sabe que seu governador não o apóia.
Que para Sua Alteza Campos Salles, servidor ignorante é melhor de ser manipulado.
Que servidor não precisa de quadro de carreira...
Que a iniciativa privada trabalha melhor que nós...
Por isso, não votamos 23, 45, 25.
VOTAMOS 50 para prefeito - Leandro...já pensou o susto do Governador?

Trabalhar demais é pecado - Cuidado!

"O objetivo do socialismo, explica Marx, não é produzir uma quantidade infinita de bens, mas sim reduzir a jornada de trabalho, dar ao trabalhador tempo livre para participar da vida política e social" (Revista Democraciaviva 48/2012).

Questões sociais e psicológicas relegadas pelas econômicas - Horas Extras

Retomo aqui a questão das chamadas "horas-extras" e peço que a Direção do Sindicato considere, atentamente, estas colocações (eu não sou da direção nem represento a opinião oficial do SINTESPO). São absurdas e ingênuas as explicações que ouvimos nos corredores da Universidade a respeito delas. Começaria dizendo que duvido que as empregadas domésticas ou outros funcionários dos nossos administradores receberiam "horas-extras" como nós, funcionários, as recebemos. Duvido, a caridade não chega a tanto nos portões da Universidade. Mas se alguém insistir, posso fazer de contas que acredito.
Dias atrás, fiquei contente com a Pró-Reitoria de Recursos Humanos. Eles questionaram, segundo me contaram, o relatório de "horas-extras" de um servidor durante o período de recesso administrativo não remunerado em julho. Fiquei de cara, foi uma atitude coerente, bonita, honesta. Do outro lado, deixamos a bunda descoberta quando propomos uma indecência dessas a Universidade, de pagar "horas-extras" num período como esse. E ainda, estamos escandalizados com o mensalão, com a roubalheira dos deputados. Corruptos são eles, em Brasília...
Horas-extras não são complementações salariais. São "necessidades eventuais" que não se podem ou se devem repetir diariamente. Não devem servir de prêmio a suposta benevolência do servidor, nem corresponder ao 24ºsalário. Mesmo eventuais, apenas órgãos de extrema necessidade, com clara falta de funcionários, com serviço indispensável e em horários oficiais de funcionamento da instituição.
A instituição deve primar pela necessidade de lazer e descanso do servidor. Nada deve comprometer o necessário intervalo de almoço, de janta dos funcionários. Espero que o Sindicato da Universidade enfrente essa questão. Nem a direção da Universidade nem o próprio servidor devem ceder as insinuações mútuas.
A vida sadia de todos deve ser compromisso entre empregadora e trabalhador. Desta forma, a Universidade não deve facilitar dependência financeira de um instrumento que não é fixo, que deve ser transitório, e que pode alimentar o espírito consumista do servidor, que é, prejudicial em termos de saúde. Quantos casos de servidores com dor de cabeça, doentes, com problemas familiares, porque, ganharam mais, se endividaram mais, confundiram o efêmero com o permanente.
O Sindicato e a Universidade podem e devem sentar-se para pleitear a qualidade e a eficiência do serviço público. Existe mesmo tanta necessidade de horas-extras? Por que não revindicar a contratação de novos funcionários, inclusive, possibilitando mais emprego, mais trabalho, diminuindo um problema que é pior, a carência de trabalho, efetivamente, necessário com tanta gente aí fora, qualificada, esperando uma oportunidade? Se não justifica mais um funcionário naquela unidade, ficam suspeitas as horas-extras. Por exemplo, se um laboratório dispensa 60 horas-extras para um dos seus servidores de 40 horas semanais, então esse laboratório está precisando de mais dois funcionários. Aliás, a Universidade precisa rescalonar servidores. Há laboratórios com dois funcionários e um funcionário que cuida de 4 laboratórios. Isso tudo em nome da correção, da justiça e da eficiência.
Em outra oportunidade discutirei o papel dos laboratórios e fusão de zelador e laboratorista, um dos problemas do Manual de Funções.


quinta-feira, 6 de setembro de 2012

A comunidade da UEPG não deve continuar dormindo

As reuniões que participei junto com os Diretores do SINTESPO em Curitiba e a que assisti no Gabinete da Reitoria nesta 5ª feira me conturbaram os pensamentos.
Não vejo a UEPG preocupado com as investidas do Governo Campos Salles e anti servidor público contra nossa comunidade, especialmente, os servidores técnicos administrativos. A grande preocupação é mostrar ao Governo que somos uma Universidade obediente, que não para com a prestação de serviços, que aqui convivem bem os acomodados e covardes e os que desejam melhorias para todos. Essa compreensão falta, inclusive ao Reitor, que como autoridade maior da instituição deveria estar ciente das consequências desastrosas que a aprovação desse  novo plano de carreira, da guerra travada pela dupla Campos Salles e Flávito Arns contra a Lei 15050 tem para os servidores que em épocas de campanha são a bola da vez nos votos. Esse é um dos problemas de não termos um servidor técnico-administrativo na apelidada "Alta Direção" da Universidade e deve ser pauta de nossas lutas futuras. Não temos nenhum sinal de apoio e solidariedade do Conselho Universitário que sem estar perdido em tanta papelada inútil deveria conhecer a realidade da carreira docente e técnica. A Reitoria deveria se orgulhar de ter em seu quadro de funcionários uma categoria CIDADÃ, LIVRE, CORAJOSA, SOLIDÁRIA e militante e não um grupo de cordeirinhos, acomodadados, se sentindo mortos em fim de carreira. Portanto, se os órgãos fundamentais da Universidade parassem, esse seria motivo de orgulho, primeiro para os dirigentes da instituição, depois para os próprios funcionários e por fim, ao conjunto de servidores. Todos os servidores devem se perguntar neste momento porque, durante tanto tempo, assumimos nossa condição de submissos, silenciosos, medrosos e até mesmo omissos oportunistas. Penso que se não houver ampla participação do funcionalismo, inclusive dos lotados nos prédios da Administração, deveriamos boicotar os jantarzinhos de fim de ano e as festinhas com presentarada temporária dadas em época de festas pagãs.
O Sindicato deve trazer para discussão em sua Assembléia ou através de correspondência apropriada campanha para que a escolha do Secretário de Ensino Superior seja do agrado da categoria, não pelo carisma, nem pelos abraços do elemento, mas pelo compromisso que ele demonstrou em sua carreira enquanto administrador público pela solidariedade e luta pelos nossos direitos. Nesse sentido, talvez poucos reitores ou diretores de faculdades pudessem sobreviver, pois sabemos as trempes que seriam, uma vez, colocados nos postos de comando do Estado. Por exemplo, temos a tranqueira do Alípio (que Deus o tenha) que não suas origens no sistema educacional universitário estadual, do outro lado, os reitores tem sido elementos chaves na cadeia de comando dos governantes em detrimento da comunidade.
Em termos de UEPG iniciou-se o momento em que necessitamos revalorar nossas escolhas para a sucessão do atual Reitor, focando bem no silêncio dos seus pró-reitores, na sua ausência em nossas assembléias, na ausência de suas falas a respeito da nossa situação e não cairmos na campanha do sorriso crentes que, podemos confiar de novo em elementos desse quadro. Da mesma forma, não podemos confiar no esquerdismo, nas associações que passam, quando passam, ao nosso lado de forma pedante, vaidosas e agradecidas a Deus por não serem servidores técnicos, uma esquerda que apenas nos procura em época de eleições.

A encantada minuta do Governo

Se voce não recebeu em seu e-mail, a famigerada minuta com a qual o governo vem nos enrolando, me escreva ou solicite a secretaria do Sindicato da Universidade:
acirpr@hotmail.com  - secretaria@sintespo.com

O Governo do PR construiu bem a nossa desconfiança desde que foi eleito

Servidores estaduais entram em greve


Os trabalhadores da Universidade Estadual de Ponta Grossa e da Universidade Estadual de Maringá aprovaram greve por tempo indeterminado a partir do dia 11 de setembro. Depois de ampla discussão, chegou-se à conclusão de que está cada vez mais difícil acreditar nas negociações com o governo, pois a cada reunião existe algo diferente, colocando em risco os direitos adquiridos.

Negociações – Depois de várias idas e vindas, no último dia 3/9, os reitores se comprometeram em não medir esforços para concretizar a reestruturação do Plano de Carreira desses profissionais, o PCCS-T. Um dia depois, o secretário da Secretaria da Ciência e Tecnologia, Alípio Leal, se recusou a fornecer uma cópia da Minuta de Lei, para os representantes das entidades sindicais, mas recuou e cada sindicato recebeu uma cópia da minuta.

Resumo – De novo, nada de concreto foi assumido pelo governo. Apenas uma possibilidade de se encaminhar a minuta para a Assembleia Legislativa até o dia 30 de setembro e a possível implantação da nova tabela até março de 2013.

Greve nas Universidades do Paraná – Cascavel já se está em greve desde o dia 3/9. Hoje, 6/9, Ponta Grossa, Londrina e Maringá também aprovaram greve a partir do dia 11!

Orientação – O SindSaúde orienta a brava gente da saúde que leve solidariedade aos trabalhadores das Universidades estaduais que aderirem ao movimento. Você, que mora perto ou mesmo na região de campus de uma dessas universidades, apoie esses profissionais. Somos todos da classe trabalhadora!
 

Este perigo não pode rondar a UEPG. Estejamos em alerta

Estamos diante de perigos iminentes. Daqui as eleições do ano que vem, a onça pode se fingir de enferma e pedir que, em nome da defesa dos animais, façamos uma visita a sua toca. Cuidado, o jabuti não foi e se salvou, o veado foi e não voltou. Vamos nos aproximar do Sindicato, filiando-se e participando das suas discussões. Veja o perigo por perto:

Trabalhadores querem saber a verdade sobre a terceirização


Os servidores do Huop andam com a pulga atrás da orelha. Isto por que paira pelos corredores do hospital a notícia de que a gestão pretende terceirizar setores do Hospital Universitário.O SindSaúde encaminhou ofício ao Reitor da Unioeste para passar essa história a limpo. No documento, o sindicato pede os seguintes esclarecimentos:


• Baseado em que dados chegou-se a essa alternativa?
• Quais setores serão afetados pela terceirização?
• Quais são os objetivos almejados com a mudança?
• Essa decisão foi debatida em alguma instância da Universidade?


A Constituição Federal e a nova Lei de Acesso à Informação respaldam a solicitação de informações feita pelo sindicato já que uma medida como essa afeta profundamente a vida dos servidores. O SindSaúde aproveitou para reforçar sua posição contrária a qualquer tipo de distanciamento do Estado com relação ao seu papel.

Para conseguir o que queremos temos de nos posicionar. A terceirização tem trazido prejuízos para as unidades de saúde. É hora de resistir! Temos de nos unir e preparar ações rápidas para não permitir mais essa entrega de parte importante do Hospital.


Companheirismo e apoio - Os técnicos administrativos do Huop estão em greve. Movimento legítimo, pois o governo não negocia. A atual gestão quer ainda tirar direitos dos trabalhadores. É hora de apoiar a greve e não atender ao pedido da chefia de cobrir as funções de quem está de braços cruzados. Faça apenas a sua parte no trabalho dentro do Huop. Não aceite pressão para cobrir furos de seus colegas que estão em greve. Vamos ser solidários e deixar a greve ser sentida na execução do trabalho.

http://www.sindsaudepr.org.br/noticias/1/2339/trabalhadores-querem-saber-a-verdade-sobre-a-terceiriza%C3%A7%C3%A3o

Podemos confiar no Governo Campos Salles? Podemos ficar sentados em nossas mesas?

06/09/2012

A indefinição continua para quem quer ser reenquadrado


Muita luta já foi travada pelo reenquadramento dos servidores. A situação permanece há décadas no Estado. O funcionalismo tem se aperfeiçoado em cursos técnicos e em cursos universitários, mas pela falta de concursos e chamamento de novos servidores quem está na lida acaba tendo que assumir atribuições e funções para as quais tem habilitação.

Diversas manifestações foram feitas. Reuniões com as mais variadas instâncias de poder também já foram realizadas, mas até agora nada. O governo sabe da pressão, mas não tem nenhuma resposta concreta para os trabalhadores.

Agora, a situação dos cerca de 300 servidores que foram enquadrados pelo governo anterior passará por nova analise do Ministério Público e do Tribunal de Contas. Até dia 19 de outubro esse assunto fica por conta do trabalho de verificação e análise e posicionamento do MP. O Tribunal de Contas do Estado – TCE – também está avaliando a situação, mas não há prazo estabelecido para a emissão de seu posicionamento. O fato que tem imposto demora e incertezas quanto a essa justa reivindicação é que a legislação apresenta vedação para a mudança de cargo sem concurso.

Dossiê em defesa dos servidores - Cada sindicato do Fes – Fórum das Entidades Sindicais – fará um dossiê da situação quanto à necessidade de reenquadramento. Para isso, pedimos que você envie os seguintes dados:
- nome
- Número do protocolo do processo que requeria o reenquadremnto (processo que foi feito em 2009, 2010)
- sua função no contracheque
- sua função real
- ano em que concluiu o curso de 2º ou 3º grau.

Esses dados podem ser enviados por email para diretoria@ sindsaudepr.org.br ou pelo fax 41-3324-7386 ou por carta.

Com esse relatório, vamos elaborar um descritivo completo da situação.
Lembramos que os rebaixados de função de execução para apoio devem também enviar os dados relacionados já que entendemos que a situação também precisa de ser revista e resolvida .

SINTESPO se reuniu com o Reitor da UEPG nesta 5a. feira

Participei da reunião solicitada pela Direção do Sindicato da Universidade com o Reitor, João Carlos Gomes, nesta quinta-feira, às 11:00 horas. Fui como convidado do Sindicato. Estiveram presentes, o Coordenador Geral do Sindicato (Emerson Barbosa), Vice-Coordenadora Geral (Zoli Oliveira) e o Diretor João (Vigilância). O Reitor estava acompanhado do Assessor de Comunicação da UEPG, Neomil Macedo.
A pauta constituia-se de dois pontos: 1) Deflagração da greve 2) Horas-extras dos vigilantes.
Quanto a greve, o Reitor garantiu o respeito ao direito dos servidores, quaisquer que sejam, em participar da paralisação, comprometendo-se até em enviar uma carta às chefias imediatas pedindo que a participação dos funcionários não seja obstaculizada, como também, daqueles que querem continuar trabalhando. Pediu a compreensão e o compromisso da direção do SINTESPO em que setores fundamentais da UEPG não sejam paralisados, nem prejudicada a livre circulação de docentes e funcionários na instituição. Pediu também que os professores sejam respeitados no direito de dar aulas.
A posição do Reitor é de respeito ao movimento, porém, pessoalmente, ele entende que os Sindicatos quebraram um acordo feito com o Governo e na presença dos Reitores.
A Direção do SINTESPO (Sindicato Misto) explicou ao reitor que respeitou a decisão consciente e tranquilamente debatida durante a assembléia de inromper em greve, considerando que o Governo vem brincando com o funcionalismo, a cada reunião apresentando dados novos e que requerem mais tempo para análise. Motivo que cansou a paciência dos servidores de todas as universidades. As propostas de revisão da carreira técnica são para prejuízo dos funcionários.

Quanto aos vigilantes a conversa foi mais tensa entre as partes. Mas o Reitor se persuadiu a rever a questão das horas-extras e pediu ao Sindicato que deixe transcorrer este mês. Ele encaminhará a decisão judicial para ser analisada por um advogado de fora da instituição e a comunicará ao Sindicato. Mas se esforçará para que os vigilantes não seja prejudicados financeiramente. O Emerson e a Zoli disseram ao Reitor que a boa vontade já permitiu que a UEPG funcionasse num esquema em que ao mesmo cumpra a lei e facilite a confecção de extras. Destacou a importância que tem para os próprios prédios da UEPG mantê-la com intensa vigilância. O João também defendeu os colegas e a viabilidade de acordo, a base do diálogo, garantia de direitos em que ambas as partes se compreendam e venham para o meio termo. Ambos pediram ao Reitor empenho para que o clima de tratamento e relacionamento no Setor de Vigilância seja mantido dentro do respeito a luta pelos direitos, sem que os trabalhadores se sintam desconfortáveis.
O que achei interessante é que o Reitor se incomodou que estejamos em campanha contra os candidatos do Governo (DEMO, PPS, PSDB). O que nos incentiva a fortalecer esta estratégia. Desculpe-nos Sua Magnificência, mas a derrocada de um governo neoliberal, voltado ao latifúndio e a burguesia, é questão de honra dos servidores estaduais. Vamos bater nessa tecla sempre. É a cambada do PSDB, DEMO, PPS que está na posição errada.

CORTE DE HORAS-EXTRAS NA INSTITUIÇÃO:
O Reitor explanou aos diretores do Sindicato a forma como ocorrerão os cortes de horas-extras. A Reitoria privilegiará a manutenção por setores mais necessitados. Terão garantidos, o pessoal da área de manutenção e serviços gerais. Depois, os funcionários de ensino médio que forem, efetivamente necessários em horas-extras. Só por fim, de nível superior.





quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Corpo Técnico da UEPG - sim ou não a greve?

Na qualidade de OBSERVADOR participei da reunião com os Secretários da Administração (SEAP), Ensino Superior (SETI), Planejamento (SEPLAN), APIESP (Associação dos Reitores) e Faculdades, ontem 04 de setembro de 2012.
As conversas foram de uma imaturidade incomum, que não se pode calcular. Se não fosse, para vergonha nossa, a palavra dos dois três reitores, João Carlos Gomes, Nádia e até o mais oportunista presidente da APIESP conseguiu colaborar (este último puxa saco do Governo), as coisas não caminhariam para decisões razoáveis.
Muita falação, muito exibicionismo com conceitos, muita vaidade em jogo, muita burocracia, muito pedido de inscrição (essa asneira é dominante no sindicalismo) e um Governo mentiroso, atrevido, em franca guerra contra o funcionalismo público, preocupado em destruir o plano de carreiras que os servidores conquistaram durante o Governo Requião.
Cada reunião o governo apresenta um fato novo e o faz com intimidações, frases de imposição, ameaças de suspender diálogo. Neste dia, não foi diferente. Nova minuta, novos parágrafos cheios de bombas escondidas. Terra minada.
Foi uma dificuldade para os Sindicatos, especialmente, o SINTESPO, mostrar para o Governo o risco que os servidores públicos corriam com a anulação, pela nova lei proposta, de direitos já adquiridos pelos funcionários das Universidades ao longo dos anos (desde 1988). O Governo quer interromper o processo de promoção imediata para a de apenas de 7 em 7 anos, desincentivo aos estudos e ao aprimoramento da classe. Para o Governo não deve haver promoção durante o estágio probatório.
Para o Campos Salles quando se chega no B-12 o servidor só vai para o nível A através de estudo presencial ou por antiguidade. Os Sindicatos, sabiamente, insistem na conquista já obtida de que a promoção deve ocorrer a qualquer tempo.
Mas tudo se perde na burocracia. O Governo não queria dar a minuta para não ficar comprometido. Depois de conversas nos corredores entre SETI e SEAP decidem, para acalmar os ânimos entregar a minuta. Mas o governo dá o pialo quando vai se aproveitando do protocolo para postegar a sua responsabilidade com nosso plano. Apela para o fato de que o documento precisa da Procuradoria Geral do Estado (PGE) para o arcabouço jurídico, Sindicatos, SETI, Casa Civil, depois a Assembléia Legislativa (ALEP) e posterior implantação em folha no primeiro trimestre de 2013.
Reiteradas vezes o Secretário Jorge do Mal (SEAP) reitorou que as universidades precisam cortar as horas extras (essas famosas horas-extras, eta horas-extras, eta 60, 80, 1200, 4500 horas extras todos os meses, todos os anos, todas as décadas).
Depois de 3 horas de discussão e xingamentos mútuos, descobrimos todos, que seria melhor, examinarmos em casa a minuta, e levarmos as sugestões para a SETI e para a SEAP. [Na minha opinião era isso que tinha que ser discutido nesta assembléia do Sintespo]. Na segunda-feira (10/09/2012), até as 18 horas os Sindicatos devem encaminhar a proposta a SEAP e a SETI.
Mas a preocupação dos Sindicatos das Universidades era a falta da minuta, que o governo não queria entregar, medroso da divulgação entre a categoria e o desgaste do Governo com ela e uma data em que seria entregue na Assembléia Legislativa. Acuado, nervoso, vermelho, se contradizendo com o Secretário Jorge do Mal, o Secretário Alípio, concordou com as duas coisas:
(1) Entregou a minuta aos Sindicatos (2) Estabeleceu o prazo de até 30 de setembro para protocolar na Assembléia e a implantação "até fevereiro", para ser recebida no pagamento de fevereiro.
Era o que todos queríamos (independente de que alguns, com razão, não viam motivos para confiar no Secretário Alípio, mas fomos traídos pela pressa, pelo calor da discussão e a falta de tranquilidade para analisar, pois o momento impunha uma tomada de posição). Isso se constituiu num acordo. O Governo concordou com as duas coisas que queríamos. E concordamos em suspender os estados de greve.
Essa Assembléia de hoje, descumpriu o acordo com o governo. Faltou com a palavra com o governo, nos diplomou como mentirosos. Além da infantilidade. Eu já critiquei a Associação dos Docentes que tomou uma decisão com 180 associados. Nós, repetimos a mesma coisa. 200 servidores, tomaram uma decisão que pertencem a um universo de 1900 outros. Duzentas pessoas não sustentam uma greve. Se os restantes trabalharem a UEPG não para. Não prejudica o Governo. E um lembrete, os professores deram impacto porque os alunos não compareceram, a pedido dos coordenadores de curso, o que não deu motivos para alguns darem aula. E nós?
Além disso, uma palavra (acertada ou não) foi empenhada com o Governo.
(Estou aberto a críticas e comentários...não fico bravo...não é uma divindade que está escrevendo).

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Governo chama SINTESPO e demais SINDICATOS com urgência amanhã

Amanhã, terça-feira, 04 de setembro, os diretores do SINTESPO e os demais sindicatos das Universidades Estaduais foram convocados para reunião com altos representantes do Governo. A reunião será conjunta com a Secretaria de Administração, Planejamento e de Ensino Superior. O diferencial nesta reunião é que a Secretaria de Administração e a do Planejamento é que lidam com a despesa, com o dinheiro bruto. A Secretaria de Ensino Superior é mero pau mandado, aliás, bastante inútil. Deveria ser extinta.
Os servidores que tomarem conhecimento desta nota, por favor, vamos dar uma gotinha de estímulo e encorajamento aos nossos dirigentes sindicais. Mande um e-mail para o SINTESPO dizendo o que voce espera e como está torcendo por eles nas negociações. secretaria@sintespo.com - presidente@sintespo.com .

Por que é importante a assembléia do SINTESPO na 4a. feira?

Os murais da UEPG convocam todos os servidores para uma assembléia que se realizará na quarta-feira. TODOS. Sindicalizados ou não. De todos os blocos. Acho que não preciso repetir isso. Estão convidados os que se consideram funcionários públicos, os que propagam por aí que somos uma família. O pessoal do bloco da Reitoria (principalmente).

Quanto mais gente, melhor se pensa e se chega a conclusões mais amadurecidas. É importante para o Sindicato ter uma noção do valor que os funcionários da UEPG dão ao problema com o governo do Estado, ao seu próprio trabalho e salário. Sou de opinião e já expressei isso a Direção do SINTESPO que, não havendo número representativo de servidores, se deixe a situação como está. Não se entra em greve com 180 gatos pingados. Iria mais longe, me afastaria das negociações, porque o sucesso das revindicações tem que estar respaldado na participação e interesse dos colegas. A Diretoria do SINTESPO não é o sindicato.

O Sindicato poderia publicar os nomes dos que comparecerem na assembléia e fazer-lhes um pleito de gratidão e reconhecimento. Tentaram.

Qual é a nossa situação com o  Governo do Paraná? O governo gastou demais com a publicidade em televisão e rádio. Parte dessa publicidade é para continuar com uma guerra contra o governo que mais valorizou os funcionários, Requião. Por isso, o governo quer adiar para 2013 o pagamento da Tabela que ele próprio propôs.
Mas isso não é o pior. Nós precisamos nas reuniões do SINTESPO consagrar alguns espaços para uma aula, "falação" proveitosa, do que realmente está nos bastidores do Governo. Eu participei de algumas reuniões na Secretária de Ciência e Tecnologia. Aliás, o SINTESPO deveria começar a pedir a participação do Reitor e Vice-Reitor já que eles participam quando o assunto diz respeito aos professores. O reitor é também dos funcionários. A idéia do atual Governador (Campos Salles, o candidato que apoia o Marcelo Rangel - Plauto - DEMO, PPS, PSDB) é enfraquecer, reformar, sucatear e enfraquecer o Plano de Cargos e Salários aprovados no Governo anterior. Assim como Fernando Henrique, das privatizações, queria que esquecêssemos da era Vargas (leis trabalhistas) o atual governador quer apagar a herança de Requião, no que tinha de melhor, o valor do funcionário público. O tempo todo nas reuniões ele lamenta a Lei 15050 como um atraso para o serviço público. Lembro que numa das reuniões, um dos burocratas do Governo questionou o risco e a desvantagem que tem quando o funcionário faz cursos e se aperfeiçoa. Segundo o vagabundo, "volta insatisfeito, insubordinado, só dando problemas para a chefia imediata". Calhorda! Mal sabe o penduricalho, que os cursinhos rebas que os funcionários recebem, estão longe de mexer com a consciência e com a descoberta de si mesmo. São todos voltados para exercícios de domesticação tecnológica, como lidar com vidros, laboratórios, nada a ver com o pensamento crítico, com sabedoria e com cidadania. 
Participem! Vão lá. Vamos criar uma rede de discussão e solidariedade. O momento é de somar. Chega do povo de Ponta Grossa ser oportunista e andar nas costas dos outros. Não ganhamos mal que não possamos nos comportar com independência, participar e responsabilidade pelos nossos colegas. Deixemos aquele fingimento das comemorações de natal, de fim de ano quando fingimos ser irmãos, todo mundo de todo mundo. É na angustia que nasce o irmão, escreveu Salomão em Provérbios.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

30 de agosto nas Universidades Estaduais?

Os professores da APP-Sindicato levaram milhares de docentes na capital do Estado no dia 30 de agosto. E marcam presença e assustam as autoridades conservadoras do DEMO, PPS e do PSDB.
Qual seria a data dos docentes e técnicos da UEPG?

Participação no Sindicato: princípio da luta e da solidariedade

Todos os servidores e professores da UEPG deveriam associar-se ao SINTESPO. Deveriam participar de suas assembléias. A participação é uma questão de solidariedade nossa com o restante dos nossos colegas e deles conosco. Precisamos participar da luta, da pauta, das dificuldades dos outros quanto eles da nossa. A importância da participação conjunta de docentes e técnicos juntos tem importância destacada. Liga-nos em laços de comunhão. Interliga os nossos trabalhos como de igual importância. Cria mecanismos de simpatia mútua e educa ambas as partes. A separação isola a luta por uma universidade popular, democrática, científica e cidadã. Enfraquece a fração popular-progressista da Universidade.
Porém, não creio que a participação nas assembléias seja o único expediente de participação. Todos deveriam encher a caixa de mensagens eletrônicas do Sindicato com seu voto, sua posição, sua revindicação, sua crítica corretiva aos caminhos. Uma diretoria sábia catalogaria esses posicionamentos e tomaria decisões com base nos sintomas que circulam no seio da Universidade.
Os servidores carecem estar alerta. Um maléfico e satânico método de afastar o trabalhador do seu Sindicato foi aquele de incentivar o limite de empréstimo (margem consignada, no qual o servidor fica em débito e portanto, sem condições de filiação. Os recuros da internet permitem e-mails nos quais o remetente garanta o sigilo das informações que está fornecendo, ou com a recomendação expressa de que o autor seja guardado em segurança.
Assim como voce ao sofrer se sente encorajado quando alguém lhe defende, fica ao seu lado, outros ficarão se voce se posicionar pelo que é humano, justo e decente.
Juntos a gente produz coragem e não verga. Participe das assembléias, visite a sede e escreva ao SINTESPO.

A elite dos funcionários das Universidades

Vamos deixar no ar, por enquanto, porque comentarei em breve, estas perguntas:

1. Por que os funcionários e professores, lotados nas Pró-Reitorias, não participam das assembléias sindicais? Eles não se consideram funcionários? Nossas lutas não são a deles? Eles são gente de confiança do Governo e não podem comprometer o patrão? Ou eles, tem medo do restante?

2. Que tal a PROGRAD, DIFI, PROPESP, PRORH e outras pararem a Universidade para chamar a atenção do Governo? Que eles fazerem um exame de sangue e perceberam que é a mesma essência que corre nas veias do pessoal da manutenção, da vigilância, dos servidores nos setores e departamentos?

3. Que tal os chefes de gabinete, divisão, seção virem para nossas reuniões e nos darem sua visão das políticas públicas em relação aos trabalhadores do ensino superior?

4. Que tal eles travarem uma conversa construtivo, sugerindo alternativas, ao SINTESPO?

Me digam, se não estou certo ou pelo menos, se minhas desconfianças se justificam?

Sinceramente, voce está colecionando certificados, para que?

Já recebi propostas e comentários dos mais indecentes possíveis. Alguns consegui me livrar com jeito e educação e em outros perdi a calma. Numa oportunidade, um servidor me propôs fazermos, juntos, um curso de especialização, desses que a monografia é em dupla. Coisa de rir, mas existe. Ele declarava em todos os cantos que detestava estudar, sendo os livros seus piores inimigos. Mas ele precisava do certificado de especialista porque isso lhe propiciaria alguns percentuais no salário, que já não era baixo. RECUSEI. Já ouvi de estudantes de cursos de graduação à distância que estariam fazendo os mesmos apenas para melhoria de salário. Havia até os mais indecorosos que achavam que eu daria trabalhos acadêmicos prontos. Enchia tais pessoas de referências bibliográficas para consultarem, mais a minha desagradável descrença com alguns cursos à distância, que mais parecem cursos por correspondência, todo apostilado, sem livros, sem pesquisa e sem extensão.
Todo ser humano, especialmente o acadêmico, o funcionário das universidades, o professor, tem que seguir uma trajetória acadêmica, intelectual, uma formação que combine duas coisas: sua realização pessoal e sua vida pessoal-financeira. E combinam bem. Não faça aqueles cursos vagabundos apenas para mentir a voce mesmo que está se aperfeiçoando. Não fique apenas na dependência de cursinhos baratos, dados. Invista em sua formação intelectual e profissional. Vá atrás. Gaste dinheiro nisso. Tenha certificados dos quais voce possa compartilhar o conhecimento, falar deles com honra. Mereça seu certificado.

Que herança deixa um servidor universitário?

As universidades precisam de professores e funcionários que sejam INTELECTUAIS. Essa palavra anda meio desusada, servindo de adorno para muitos masturbadores do pensamento, mas é a que eu tenho e preciso usar aqui. Não se assustem quando menciono a possibilidade de professores serem intelectuais, isto é, capazes de criar, difundir e gerenciar pontos de vistas próprios a respeito de coisas do cotidiano de todos nós ou da riqueza cultural da humanidade. Tem professor que não tem mais que meia dúzia de livros de filosofia, sociologia, história ou romance em casa. Um amigo meu, certa vez foi na casa de um professor que tinha apenas dez livros, na cabeceira da cama. Não dá para ser professor assim. Mas é insuportável ouvir que funcionário porque não dá aulas se dispense da boa formação, do estudo, da reflexão. Todos que estamos nas universidades temos o dever de ser pessoas de sólida cultura, de rica formação, compradores de bons livros, escritores por excelência, de sermos pessoas de opinião, corajosas, exemplos para o mundo. Sempre estou procurando comentários dos nossos grandes funcionários, dos exímios pesquisadores nos jornais e dificilmente encontro. Eles não sabem falar dos males e das alegrias do cotidiano. Alguns alegam não ter tempo para isto. Em geral, estas riquezas de necessidade só surgem quando a maldita depressão assalta nosso cerébro. Seria bom que todos, professores e servidores, se importassem pouco mais com a vida lá fora, ou como a própria vida é. Sugiro a leitura do livro "O neoliberal", do Professor Giovani Marino Favero (Editora Ithala). Claro, reconheço a presença de alguns servidores nos sites, como Recanto das Letras, mas temos que fazer a diferença na região dos Campos Gerais.
Segue uma sugestão de bons livros, imprescindíveis para um funcionário universitário que se preze, se valorize. Antes, não faça parte daquele grupo de inimigos do espelho que procuram apenas bens materiais com o dinheiro que ganham. Toda a semana com uma roupa nova, carro novo, viajam para as Zoropa, mas a cabeça é oca, vazia, limitada ou quando muito cheia de merda. Seja diferente. Seja inteligente. Seja rico em espírito, em alma. Claro, seja uma pessoa bondosa, que coloca os outros em primeiro lugar, que não tira proveito imerecido das coisas. Seja honesto. Seja humano, respeitoso com quem tem menos informação que você, fale educadamente, olhe carinhosamente nos olhos das pessoas, goste do cheiro delas (do pior cheiro voce não evitará nem o seu, a menos que seja cremado ou cremada). Vamos às sugestões:
(1) Declaração Universal dos Direitos Humanos - http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htmtp://portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm

(2) Constituição Federal Brasileira - 1998 - Não vão procurar a de 1824 porque ela defende a obediência cega e a ordem. Legalizava a escravidão no Brasil. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm

(3) Constituição do Estado do Paraná http://www.legislacao.pr.gov.br/legislacao/listarAtosAno.do?action=iniciarProcesso&tipoAto=10&retiraLista=true  -

(4) Estatuto e regimento da Universidade -

(5) Visitar sebos e livrarias. Adorne-se com a sabedoria. Não se apegue ao seu cargo, se você não tem cultura suficiente para ele. Não é o seu carimbo que o torna valoroso no serviço público.
(6) Faça cursos, assista palestras, assista bons programas de televisão (Café filosófico, Em Pauta, Jornal da Cultura, Tribuna Independente).

Servidores universitários e a pimenta nos olhos alheios

As universidades estaduais se transformaram em pequenos feudos. São controladas por uma geração envelhecida, caduca e interesseira. Por isso, como dizia o Governador Requião, é um trombolho que não anda para frente.
Escancararam a porteira dos privilégios. A coisa foi como se soltassem a barragem da Itaipú. Uma maneira de se livrar do descalabro é punir, represar os inimigos (aos amigos tudo, aos inimigos a lei). Toda essa ameaça de corte de horas-extras, repito, aos que de fato as realizam, se resolverá quando novo momento eleitoral para as reitorias e para o Governo do Estado chegarem. Mantenham a calma. Logo as pessoas andarão distribuindo sorrisos pelos corredores, abraçando, prometendo trocar chefias, em seguida colocando as mesmas. Só será idiota quem sentir prazer em sê-lo.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Privilégios nem sempre se transformam em direito, mas em dor de cabeça!





Alguns funcionários e professores das universidades estaduais, propositadamente, nunca quiserem refletir, se os adicionais salariais que perceberiam no transcurso da sua história, era direito ou privilégio, se algum preço seria cobrado futuramente. Importava-se ganhar sem perguntar se, merecimento ou não. Alguns pediam sigilo de sobe as funções gratificadas que receberam, tementes da concorrência com os próprios colegas. A antiga tese do eu por mim e os demais que se danem, sem importar-se com o desrespeito com os colegas, direito e justiça que deveria extender-se a todos, ou a coerência do texto legal. Ganhando, comprariam mais. Se endividaram e não era difícil encontrar pessoas chorando pelos corredores, uns até falando em suicídio, fugindo de agiotas. A velha política eleitoreira, paternalista, assistencialista e clientelista que confundia servidores estaduais, lhes deseducava em relação a administração salutar da própria vida financeiro-particular.

Posteriormente, a nuvem negra das “horas extras” turvou a boa visão que se tinha da vida nas universidades Seu relato pertencerá aos escritos da História do ensino superior, destacando-lhe capítulo vergonhoso na responsabilidade fiscal com o dinheiro público. Se algum dia o Governo do Paraná, realmente, desejar corrigir imoralidade deverá implantar ponto eletrônico biométrico em todas as unidades das IES, programado para quatro assinalações. Deverá banir as substítuíveis folhas de frequências, ou no mínimo determinará o livro ponto paginado.

Faltou aos servidores, por desleixo próprio, esforço para compreender o estatuto das horas-extras, como de fato são. Horas extras decorrem de necessidades eventuais e não podem constituir-se frequêntes. Não se justifica que um mesmo servidor tenha horário de horas-extras durante quatro anos, nos mesmos horários, sem variação. Há segmentos que justificam horas-extras, por exemplo, as secções de vigilância, no caso das universidades e algumas pró-reitorias, parece.

O remendo ficou pior quando alguns tiveram que escolher entre "FG" e "Hora-extra", como se fossem a mesma coisa. Para alguns a FG ficava abaixo da "hora-extra". Esta passou a condição de complemento salarial.

Os servidores erraram ao entender que "horas-extras" ou o favor como eterno. Igualmente erraram os que criam a cultura das mesmas, ou seja, alimentaram, a distorção conceitual. Se por anos elas se fazem necessárias isso implica que contratações novas são necessárias. Mas, nós funcionários temos esta consciência? Ou queremos abraçar o mundo com as mãos?

Não parece correto, coerente e justo, um Sindicato apoiar a política de horas-extras no serviço público da forma como está projetado nas universidades. Elas contrariam a necessidade de descanso, lazer que o servidor necessita, quando, de verdade são cumpridas.



Participação na vida profissional e pressão administrativa - assédio moral, não!

Escutei comentários, andando pelo Campus, de que algumas "chefias" (essa cambada gosta desse termo, Nossa Senhora do céu!), devagarinho, de mansinho, chegam nos funcionários e dizem que se forem na paralisação ou em alguma greve "vão ser descontados sim, vocês é quem sabem, mas vão ver". O problema é que maioria desses idiotas, tranqueiras, obstáculos ao serviço público de qualidade, estão apodrecendo nesses cargos, exatamente porque não tem personalidade própria ou são autênticos tiranos. Falta de personalidade é mais marcante. Quando um idiota desse é convidado para assumir a suposta "chefia", o imprestável se considera não mais parte do funcionalismo público.
Essa espécie daninha só cresce nos corredores da Universidade porque os demais funcionários regam o egoísmo, a falsa imagem que estas figuras apresentam. Elas são menos que do aparentam. Não tem conteúdo. Só tem a palavra "chefe" no carimbo. Roubaram o carimbo elas ficam a zero, tal é a mediocridade dos tais. Pergunto: alguém leu algum texto, algum comentário, ouviu alguma fala na mídia, dessas pessoas que valesse a pena? Eles não sabem nada, nem da vida deles.
Como os servidores permitem esse tipo de intimidação, de arrogância, de cabresto? Primeiro, pela falsa idéia de que somos funcionários deles. Não somos. Servidores públicos, do Governo Estadual sim. Segundo, porque gostamos e precisamos das esmolas e migalhas que nos dão da sua mesa. Sem nossa própria autoestima, corremos atrás do falso amor dessas pessoas, que na verdade, só serão assim, enquanto nos entregarmos a elas, sem questionar sua nudez. Se um servidor quer ser respeitado, deixe de correr atrás de vantagens, privilégios e amizade com gente autoritária. Cumpra o seu dever que é com a população e com o Estado. O resto que vá pro inferno. Terceiro, pelo comportamento fisiológico. Essas bestas adoram que o funcionário se dirija a elas com vóz trêmula, cabisbaixo e mudo. Como superar isso, nunca deixe que uma pessoa discuta seus direitos. Mas seja apto, o suficiente, para voce mesmo descobrí-los, nos livros, no Estatudo do Funcionário Público, na Constituição. Qualquer funcionário que não procure ler, estudar, se informar é presa fácil de tais rapinas. Ao encontrar com eles, mantenha atitude de boas maneiras, etiqueta, mas levante a cabeça, fale alto, não se comporte como velhinho, como coitado. Fale firme. A pessoa que está diante de você, na maioria das vezes, nem em sua casa tem tanta autoridade, leva sabão nas ruas de Ponta Grossa, e não tem nenhum conteúdo humano em seu coração, sua realização é sentir-se chefe num local, onde ela é, simplesmente, igual a você.
Digo isto para que o Sintespo comece a se preocupar, conversar com as "pseudoautoridades" na Universidade que, na surdina, ameaçam os servidores para não participarem das questões pertinentes à sua categoria. Precisamos mostrar que não nos submeteremos ao assédio moral. É pela causa desses pró-fascistas que estamos lutando. Vão se catar.
No meu caso, três coisas muito contribuiram em minha vida, para não temer homens e mulheres vazios e arrogantes. Primeiro, a herança gaúcha do meu bisavô que era um missioneiro respeitado em nossa vila. Era no fio do bigode a palavra dita. Segundo, me criei na roça e no mato, enfrentando feras, dormindo no tempo e no temporal, meu cotidiano se dividia entre livros, machado, enxada, foice e martelo. Terceiro, minhas leituras. Meu adorno, meu perfume e as minhas roupas são os meus livros. Por isso, não nasci para viver agachado, como escreveu Nelson Werneck Sodré.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Que cursos os servidores das universidades precisam?

Uma das importantes realizações do Governo Requião foi instituir nas universidades a possibilidade dos servidores progredirem na carreira. Essa progressão acontece através de cursos, palestras, atividades educativas que participe. Não creio que as universidades se importaram com isso. Os funcionários nunca receberam os cursos e a formação/aperfeiçoamento que precisavam. Muitos dos palestrantes eram pessoas, igualmente, atrás de carga horária e currículo. Santo de casa pouco ou nenhum milagre faz.
Tenho outra proposta de formação dos funcionários.

Curso básico para todas as categorias:
1. Conceituação e importância do serviço público;
2. Conceito de universidade e o papel do servidor;
3. Deveres, direitos e relações dos funcionários públicos com a sociedade;
4. Importância da sociedade/extensão para a universidade;
5. Importância do alunado;
6. Relações professores, alunos e servidores;
7. Noções da Constituição Federal, Constituição Estadual e Regimento da Universidade;
8. Noções de sociologia, filosofia, espírito crítico, cidadania;
9. O que é um funcionário qualificado, preparado - a importância dos estudos e do aperfeiçoamento;

Curso específico
Os servidores deveriam ser lotados por Centros (em Ponta Grossa, inútil e equivocadamente chamados de Setores) e preparados, especificamente, para atuar nestes Centros. Os laboratoristas deixam de ser apenas equipe de limpeza exclusiva do laboratório.
1. Relação do laboratório com a área de conhecimento;
2. Práticas específicas daquele laboratório;
3. Participação do servidor em pesquisa e extensão;
4. Temas especificos da área do laboratório.

(Adapta-se a biblioteca, secretarias, divisões).

Corte das horas extras nas universidades - encarando a verdade

Tenho participado de algumas reuniões entre os Sindicatos e o Governo do Paraná a respeito da carreira dos docentes e técnicos das Universidades e faculdades paranaenses. Apenas como observador. Munido de papel e caneta, discretamente, vou observando gestos, sinais, comportamentos, telões, ligações telefônicas e gestos falhos.

O Governador Campos Salles (apelidado de Beto Richa) tem uma obsessão em destruir a Lei 15050, do Plano de Carreiras, porque odeia, gratuitamente, o Governador ROBERTO REQUIÃO. São dois modelos de governo, diferentes como o leste está o oeste. Para Requião, o serviço público é a melhor forma do Estado atender a população e o funcionário o mais indicado para intermediar este serviço. Por isso, para Requião, o servidor deve se aprimorar fazendo cursos, palestras, se graduando, posgraduando e as universidades na ênfase pela extensão e não apenas pelas pesquisas (Eu escutei isso do Requião na Escola de Governo). Muitos servidores são estúpidos, ingênuos, ignorantes e atacam o Governador pelo temperamento de ser um homem decidido, convicto, sem meias palavras e que como estadista, sabe das forças poderosas que enfrenta.
O Governo de Campos Salles, mantido pelos partidos PPS, DEMO, PSDB, PSB (em Ponta Grossa, Marcelo Rangel e Plauto Miró) tem caminho oposto. Para eles ninguém serve melhor o povo que a empresa privada. Por isso, o quanto for possível do serviço público, é melhor terceirizar ou privatizar. Como o processo de qualificação e "reciclagem" ocorre por força do mercado na iniciativa privada, o Estado não precisa de servidor que estude. E olhe, que isso caiu como uma bênção para aqueles funcionários que dão graças a  Deus por não lerem coluna de leitor em jornais. Vivem cansados, desesperados e se aposentando no ano que vem. 
Mas as atitudes do Governador em represar o Plano de Carreira e os aumentos legais do funcionalismo tem algumas coisas que mereceriam, agora, uma lavada de roupa suja em nossas reuniões. 
Os governos e administradores das instituições públicas, descobriram que quanto mais favores concederem aos funcionários, mais endividados ficarão e mais submissos e conformados estarão sob as asas poderosas dos que não querem largas as tetas do poder, alguns até com vantagens maiores que os funcionários. São esses favores que nos iludem, que não nos entusiasmam a comparecer nas assembléias, a participar de mobilização, das greves, de deixar a cadeira confortável das FGs e lutar pela dignidade da nossa categoria e pelo prejuízo que causam aos outros. É o individualismo barato e cruel, que eu ganhando os demais que se fodam.

Muitos funcionários se aproveitaram da sangria desatada. Alguns chegando ao absurdo de pedirem pagamento de horas-extras em período de férias, como julho. Outros, substituindo horas-extras por FGs, quando as primeiras deveriam ocorrer apenas em eventualidade, e não como pagamento permanente, todos os meses. O problema é separar o joio do trigo. Aquele servidor que realmente cumpre sua jornada de trabalho, que seu serviço efetivamente requer, daquele que nada tem a fazer na manhã, ao invés de ser remanejado para noite, ilude com o acréscimo das horas-extras. As universidades precisam rigor na concessão de horas-extras, verificação se há, efetiva necessidade, se o servidor permanece o horário que assina no ponto. As Universidades não são instituições de caridade. Como lida com inúmeros funcionários, tem ser que justa com todos.

São estas horas-extras, que segundo o Tribunal de Contas, pesam nas contas do Governo e que agora, Campos Salles, quer coibir com o relógio ponto digital, atitude que funcionários de caráter não temem. Mas podemos estar pagando o preço dos aproveitadores, que se revoltam nos corredores quando são criticados pelo oportunismo no dinheiro público. Sabe aquela história de que cada um cuida de si? Mentira, mal comportamento de alguém, estraga para todo mundo. 

Licença especial - tem periculosidade e FG?

Antes de comentar um assunto tão importante, alguns esclarecimentos. Os comentários aqui postados refletem meu pensamento e pesquisas sobre o serviço público. Não tenho pretensões de substituir, nem posso, o papel que o SINTESPO (Sindicato de Docentes e Técnicos) tem. É importante, estou convencido que professores e técnicos devem estar filiados nele e recorrer, como direito, aos seus serviços. Digo isto, porque aqui ou ali minhas opiniões podem distoar do Sindicato ou ainda para lembrar que é perigosa a prática que alguns maus conselheiros fazem em repassar informações das quais não são participantes e confundir o entendimento dos funcionários.

Um professor da área de Saúde solicitou junto a PRORH/UEPG sua licença especial e as férias que tinha direito. Como os burocratas da Universidade pretendem ser mais realistas que o Rei, cortaram o adicional de periculosidade do docente. Como ele é cidadão, consciente, busca legislação, entrou com processo na Justiça e obteve causa ganha. Segundo informações, neste mês estará recebendo retroativamente. O Magistrado lhe deu causa ganha.
Informe-se disto no SINTESPO. Faça por e-mail ou telefone. secretaria@sintespo.com.br ou 3226-2711. Podem citar este blogue se quiserem.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Trabalhadores técnicos da UEPG e o Governo Richa

TÉCNICOS DA UEPG APROVAM INDICATIVO DE GREVE PARA DIA 05 DE SETEMBRO, COM POSSIBILIDADE DE GREVE GERAL A PARTIR DO DIA 11 DE SETEMBRO.
Em Assembleia Geral do SINTESPO-Sindicato de docentes e técnicos da UEPG, 200 associados decidiram, depois de quase três horas de assembleia, aprovar nova reunião para 5 de setembro, com pauta específica de greve a partir do dia 11 de setembro. A decisão da assembleia resulta das negociações frustradas com o governo do Estado que desde janeiro de 2011 negocia o PCCS da categoria e até agora nada prático foi concretizado. Nos últimos meses o Governador apresentou e retirou variadas propostas, todas recusadas pelas assembleias, por atacarem conquistas históricas da categoria, como avanços na carreira por titulação, progressões por méritos. O governo apresentar uma tabela razoável, mas em contra partida, atrelava a extinção de algumas carreiras, incluia terceirização do(privatização) setor de vigilância. O funcionalismo jamais aceitaria a proposta. De lá para cá, o Governador vem protelando, culpando o governo anterior pela criação de um Plano de Carreira que, na sua opinião, facilitou exageradamente a vida dos servidores e isto carece adequações, extinções, dentro do programa neoliberal de governo. Estamos sob a égide de uma administração que busca lucrar com o perfil de um funcionário que seja desconhecedor da sua capacidade intelectual e da sua cidadania. No dia 09 de agosto a SETI apresentou ao funcionalismo do ensino superior e aos reitores nova tabela firmou compromisso de garantia dos direitos adquiridos. Dia 19, os sindicalistas e Governo, novamente se encontraram, transmitindo, os Sindicatos, a confiança dos servidores e a aceitação da proposta de tabela salarial. Como prova disto se suspenderiam, temporariamente, os indicativos de greve, visto que o governo se comprometeu garantir os direitos adquiridos e efetuo do pagamento junto com os docentes no mês de outubro. Uma resposta foi prometida para o dia 27. Porém, a reunião resultou em mero jogo retórico, palavras ao vento. O governo informou que pretende aprovar a minuta até final de setembro, inicio de outubro. Quanto a tabela salarial, faria todos os esforços para que o pagamento se concretize no primeiro trimestre de 2013. Num cenário adverso, Sindicatos e trabalhadores, sem garantias de que o governo cumprirá o prometido, como fez com os docentes, decidiram por reavaliar a questão em assembléia apropriada para isto, no dia 5 de setembro, tendo como pauta, greve a partir do dia 11 de setembro.
Contatos: Emerson José Barbosa (Mestre em Ciências Sociais) - Diretoria do SINTESPO - 42-3226-2711

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Reforma neoliberal e sindicalismo no Governo DEMO-PSDB-UDN no Paraná

16 de agosto de 2012. Sindicatos mistos da UEL, UEM, UEPG, UNIOESTE se reunem com o Secretário de Estado da ciência, tecnologia e ensino superior, às 14:00 horas na SETI.
O Secretário inicia a reunião afirmando que reconhece a legitimidade dos Sindicatos mistos como autênticos representantes do professorado universitário, considerando que as tendências sindicais próximas dos grupos, ideologicamente, vinculados ao PSTU representam opiniões de grupos minoritários nas universidades. Solicitou então, que cada representante sindical expusesse o posicionamento extraído de suas bases, das assembléias que realizaram em relação as negociações e atitudes para com o governo do Estado do Paraná. De forma quase consensual, as lideranças manifestaram confiança e reconheceram que passos tem sido dados pelo Governo do Paraná para dialogar com professores e técnicos adminstrativos. Reconheceram que o governo vem chamando para discutir planos e carreiras, tabelas, e muitas propostas dos servidores tem sido implementadas nas planilhas do Governo, considerando mesmo as dificuldades que o Estado alega. O secretário pediu que estas lideranças se manifestassem à mesa em relação aos boatos de greve deflagrada em algumas instituições e se isto seria de fato concretizado e como. O Governo está informado de que apenas a UEPG, numa reunião simbólica, teria decretado greve, enquanto outras universidades demoram tomar decisão. As lideranças sindicais declararam ao Secretário que os sindicatos presentes, entendem a disposição do governo em negociar e atender as revindicações, e que suas bases não aprovaram qualquer indicativo de greve, antes de 14 de setembro. O Secretário pediu, na mesma hora, que fosse feita ligação ao Secretário de Estado da Administração e Previdência, Jorge do Bem, afirmando que o Governo está recebendo declaração dos Sindicatos mistos de que não apoiam o precipitado indicativo de greve, que recebeu destes sinal de que enquanto as negociações estiverem caminhando, progressivamente, não sinalizarão com greve, sendo partícipes do Governo na busca de solução combinada e que a SETI, negociará com estes Sindicatos como representantes plenos das categorias e manterá a discussão da carreira docente, inclusive, em respeito a estas agremiações sindicais. Então o Secretário da SEAP agendou com os dirigentes uma data para negociar os encaminhamentos dos servidores das IES.
O Secretário da SETI foi franco, o Governador Beto Richa quer saber mesmo, que grupos estão tentando enfraquecer o governo, partindo para o ataque desmedido e que se utilizam de minorias para decretar paralisações que prejudicam o serviço público. O governo enfrentará quem ofereça resistência injustificada. Pediu que os Sindicatos do diálogo levem às suas bases o reconhecimento do Governador e do Secretáriado de Estado. O Governo atuará com sinceridade, transparência, boa vontade e mútuo conhecimento.
Segundo ele, o Governador reafirmou o compromisso, sua disposição em manter quaisquer direitos adquiridos, não causar prejuízo aos que estão nas carreiras. As lideranças sindicais pediram à SETI que seja transformado em lei os aspectos dos docentes e dos técnicos. Pediram também que ambas sejam promulgadas para o mês de outubro de 2012.
O Secretário rogou a compreensão e demonstrou ter reclamado junto a SEAP a respeito da visão, exageradamente, técnica das leis, principalmente da que se refere aos técnicos. Esclareceu também que o Governo Richa vem sofrendo retaliação do Tribunal de Contas do PR, que está composto em sua maioria por pessoas designadas pelo Governo Requião e que agem, pesadamente, contra o atual modelo de governo.
[Esta é uma descrição técnica. Não confundí-la com a opinião dos Sindicatos. Em outro comentário, formulo minha crítica pessoal ao encontro].