quinta-feira, 20 de setembro de 2012

UEPG: lições de um movimento - 1ª parte

O que a greve, a paralisação dos 200 servidores da UEPG, representou para todos? Que lições nos ensinou? Diversas.

Do ponto de vista da prática sindical, descobrimos que nem todos os funcionários da UEPG estão inseridos na caverna do obscurantismo, da paralisia intelectual, da estupidez que fermenta no interior de indivíduos escravos de livre vontade, sentados nas cadeiras da administração ou nas ferramentas operacionalizadas sob o signo do paternalismo e do coitadismo. Estes servidores atropelaram as próprias expectativas do Sindicato da Universidade, cujo grupo diretor e seu grupo de apoio, esperavam uma reação de paciência e espera quanto ao ato prometido do governo. Ou seja, o grupo foi mais progressista que todos nós. Esse núcleo de resistência está nos mais prejudicados pelas péssimas condições de trabalho, estes não recebendo o salário que merecem. Refiro-me ao Restaurante Universitário e a Seção de Vigilância. O número de mulheres sempre superior ao masculino no enfrentamento dessa luta.

Igualmente recebemos a revelação de que andamos muito longe na estrada da indiferença de um governo neoliberal, das dificuldades e do autoritarismo interno da UEPG, do enfrentamento ideológico sem qualquer referência teórica. Sociologicamente, pobres, presos a burocracia e tramitação de processos de interesse dos sindicalizados. E onde encontramos esta referência? Foram os acadêmicos, líderes estudantis que referenciaram a luta, dando-lhe substancialidade. Deve o Sindicato da Universidade, sua direção e o funcionalismo, à contribuição inestimável dos acadêmicos de Serviço Social, Bacharelado em Ciências Biológicas e Agronomia, mais especificamente, nas expressões de de Guilherme Mazer e Leonardo Godoy. A presença do candidato a prefeito pelo PSOL, reconhecendo e identificando-se com o movimento, deu a cor dos nossos princípios.

A luta demonstrou que em momentos de perigo para a categoria, conseguimos a maturidade de nos unirmos na defesa de princípios comuns. Desta forma, aquelas pessoas que se faziam visíveis no meio do funcionalismo como oposição, foram as vozes e a coluna de frente no comando de greve, dedicando-se integralmente à luta, sacrificand seu estômago e sua voz. A única tentativa da ala reacionário-religiosa do embate contra o governo que tentou enfraquecer a convicção dos fiéis soldados na defesa das garantias do servidor, foi de um conselheiro da instituição, cujo nome o ostracismo se encarrega de fixar.

Os dias de paralisação aproximaram os funcionários, serviram como mesa de comunhão. Nos tornamos amigos, irmanados nas horas de discursos rigorosos, quanto no entretenimento para manter o grupo com o sorriso e a esperança acessos. Partilhamos dos mesmos desafouros, xingamentos, revoltas e desprezos, tanto quanto do pão com salame debaixo das árvores. Lideraram o movimento, funcionários da menor escolaridade ao doutorado.





terça-feira, 18 de setembro de 2012

Foz do Iguaçú: o que discutiram os Sindicatos e Reitores?

Graças a rapidez e inteligência do Élio Pupo, do SEBISA, segue o link com as informações para a gente debater amanhã:
http://www.clickfozdoiguacu.com.br/foz-iguacu-noticias/tecnicos-da-unioeste-aprovam-proposta-do-governo-mas-exigem-prazos

Greve dos servidores das IES e o espírito da ditadura militar

Os servidores das Universidades, em nosso caso, da UEPG não estão em greve por vagabundagem. Uma lentidão proposital, transformada em brincadeira de políticos sem palavra, para tratar da tabela do nosso reajuste, que se arrasta a mais de dozes meses. A luta e o sacrifício dos grevistas não é apenas pelo seu contra-cheque, mas de todos, inclusive os que optaram pela atitude covarde de sentar-se na cadeira e não lutar pela dignidade do coletivo. A Universidade é um espaço onde o pensamento crítico, a criatividade, a cidadania e o amadurecimento deviam morar permanentemente. Portanto, a instituição deveria orgulhar-se de ter servidores que não se agacham a exploração e a humilhação. Queremos uma instituição que forme alunos que façam a diferença, com professores que além das aulas, dão exemplo de coragem, firmeza e luta por uma sociedade melhor. Funcionários com mente aberta, esclarecidos, que não vivam dentro da caverna também fazem parte deste currículo fundamental e que constitue a essência de uma universidade séria.
Dito isto, resta lamentar algumas atitudes de burocratas de plantão, provisoriamente instalados na cadeia de comando das universidades, muitas vezes por casualidade, visto que suas posições seriam, com tranquilidade ocupadas por uma variedade de pessoas, em alguns casos do pessoal técnico. É necessário dizer isto e divulgar entre a comunidade acadêmica, pois alguns professores estão se servindo de seus cargos e do fato que seus carimbos estão ineficazes, sem os servidores, e provocando intimidações, ferindo o princípio do direito de greve e da liberdade de expressão.
Durante a manifestação de hoje, funcionários gravaram, chefes ligando para os grevistas e ameaçando corte do ponto, sem falar que circulam comentários de que alguns estão pressionando subordinados para isto. Passados os dias de greve precisamos responder esse tipo mesquinho de "espírito da ditadura militar", a negação do direito de lutar por direitos humanos.
É claro que isto tem a ver com a vergonhosa tradição da UEPG de que professor é superior a funcionário, podendo o primeiro faltar aulas, repor quando dá na telha, viajar para congressos sem prejuizo de sua frequência, cursar pós-graduação às custas do Governo sem prejuízo do seu salário, comparecer quando quer. Claro, há excessões e são poucas. Durante a greve do segmento docente, nenhum funcionário deu falta ao professor ou coordenador de sala ou laboratório. Estas devem ser pautas do Sindicato da Universidade para o pós-greve.
O autor destas linhas participou de duas reuniões sobre o assunto. A primeira e mais importante foi em Curitiba, quando o Secretário da Ciência e Tecnologia, declarou que não estava cobrando faltas dos grevistas, e no caso exemplificou a UNIOESTE, que já iniciara a greve, rompendo a negociação com o Governo do Estado. Nessa reunião estavam presentes os reitores.
Em outra reunião, desta vez, no Gabinete do Reitor da UEPG, presente quem escreve estas linhas, o Administrador da Universidade, afirmou que faria um expediente aos seus subalternos orientando-os a não criarem nenhum constrangimento para que os servidores participassem de uma luta que era justa.
Os kuos-sentados, nova catedoria sociológica do serviço público, estão retirando de seu podre espirito, os resquícios de autoritarismo e pedantismo. Queiram ou não, vamos construir uma universidade democrática nem que seja necessário enterrá-los simbolicamente no fim da greve. Certamente, encontrarei muitos destes nos corredores, e com certeza, garanto que os enxergo totalmente despidos e depilados. Não são bonitos como parecem. Sem roupas, meros cadávares,  que servem de exemplos do que foram os anos de arbítrio no país, expressões de alma feia, como diz o versículo bíblico, quando se aposentarem ou se desencarnarem, "partirão sem deixar saudades". Nenhum livro abordará sua memória. Vidas ocas.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Greve na UEPG: exorcisando o comodismo

Esta 5ª feira, 13 de setembro, foi o quarto dia de resposta dada pela comunidade universitária estadual de Ponta Grossa, as investidas do mentiroso governo de Campos Salles reencarnado contra avanços de carreira dos trabalhadores das universidades e as tentativas de estabelecer no Paraná, em projetos a longo prazo, de processos privativistas nas contratações, corropendo a idéia de universidade pública, gratuita e com conteúdo social. Na verdade, o Governador do PSDB/DEMO/PPS - 45-25-23 - tenta colocar a população contra a necessidade do servidor concursado, da estabilidade e qualidade do serviço público, facilitando que o desânimo tome conta da categoria e assim, as demissões voluntárias facilitem a terceirização.

Um dado importante é que não houve queda no número dos participantes. Estamos tratando de um movimento que incorpora o pensamento e as necessidades de todo o conjunto de trabalhadores no ensino superior, professores, funcionários e acadêmicos. As atividades desafiaram a comunidade que precisou acessar vilas próximas do Campus de Uvaranas e o ou à entrada da Universidade. Os servidores, revestidos de coragem, feridos em sua estima, na plenitude do amor, conversaram com motoristas, dando um histórico das dificuldades e lutas.

O movimento ainda, se marca, por duas combinações perniciosas, não apenas para o ser humano, mas para o espírito de luta, a ausência de envolvimento da UEPG em defesa de direitos, porque historicamente sempre se comportou como mala nos ombros das outras universidades, como parasita de conquistas alheias, é a ausência de servidores que, pensando em privilégios momentâneos, serão daqueles que lamentarão no futuro as perdas, e até quem sabe, culparão o sindicato pelas perdas ocasionadas pela sua omissão na luta coletiva. Além disso, há o servidor que tem mente cauterizada. Ele consegue a façanha de mentir para si mesmo que se trabalho é essencial. Quando os que estão na frente de combate vencem um governo fascista, estes mesmos servidores mentem que tais conquistas são de seu merecimento.

Qual nossa maior conquista, nestes dias? Sem nenhuma partidarização do movimento, sem nenhuma ideologização do movimento, alcançamos em grande parte dos servidores o entendimento de que nossa luta vai além das revindicações de reajustes, de discussão de tabela salarial, mas de que temos um inimigo teórico, temos um programa de governo, uma filosofia de Estado que nos é adversa - o neoliberalismo do Governador Campos Salles, por isso, ecoa entre os servidores a importância da derrota dos prefeituráveis omissos e principalmente daquele que encampa, aqui, a cópia do governo autoritário do Campos Salles.

É digo de registro, a ampla participação da PROAD e suas divisões, de todo o pessoal da DIMAPA e do CPD que estiveram conosco das 8 às 18 horas. O pessoa da PROEX, novamente veio em peso, somos gratos ao lanchinho proporcionado pela equipe da PROPESP e suas Divisões. Também os departamentos do Setor de Siências da Saode fecharam as portas e testemunharam da nossa luta. Parabéns! Esperamos retribuir a solidariedade de voces com conquistas.

Os irmãos presbíteros conselheiros, candidatos a capelania universitária, fizeram discursos inflamados na defesa da categoria, exortando a classe quanto a permanecer unida para enfrentar o inimigo principal que é o governo do Anticristo instalado em Curitiba. Segundo um deles, casa dividida não vence batalha, recordando o Evangelho de Mateus.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Governo chama Sindicatos em 12 de setembro: retomar legislação Lerner

Apavorado com o efeito das greves para o momento político eleitoral municipal, o Secretariado do Governador Campos Salles convocou os Sindicatos das Universidades Estaduais para convencê-los a acatar não só as propostas do Governo como a continuar esperando a disponibilidade da equipe econômica estadual em ler as minutas e dentro do próprio tempo das autoridades curitibanas, encaminhar quando desejarem. O problema é que os servidores esperam isto desde 2010. Esperamos o governo assumir, se ajeitar, ter noção da situação do Estado. A resposta do Governo sempre era esperar mais.
Um dos entraves as negociações é o espírito de apatia, puxasaquismo, hipocrisia, medo e subserviência total dos servidores que não pararam, que cedem as intimidações daqueles museus instalados nas chefias e que por pena e dó, os reitores não os substituem. São estes que se utilizando de servidores carguistas, uns que ora, foram oprimidos mas que, pela atitude de lisonjas, alçaram postos como "encarregados" ou "supervisores" (absolutamente desnecessários, porque a universidade precisa de quem trabalhe e não de supervisores ou encarregados, isto é, quem não trabalha e ganha para isto). Para o Governo tais ovelhas, servidores covardes, que confudem eficiência com traição à sua própria classe, ao espírito coletivo, que deixam os que dão a cara para bater por um universo de funcionários frios e indiferentes, que passam  nos piquetes de greve com nariz empinado, muitos destes funcionários eregidos à Pró-Reitores (outra palavrinha besta), representam o contentamento dos servidores das Universidades com a política do Governo Campos Salles. Vejam que os inimigos da classe de servidores não estão apenas no Governo mas no espírito de covardia interno, explicado pelas mais diversas tolices cuja pretensão é justificar o injustificável.
A reunião desta quarta-feira foi mais uma demonstração como o Governo não merece nosso crédito. Eles nem tinha lido, estudado a minuta que nos entregaram numa das últimas reuniões. Toda a reunião, uma proposta nova, um novo texto. Os Sindicatos escararam ao governo um histórico destas reuniões e de como diante de tanta novidade dada pelo Governo, não há mais como esperar e que os servidores estão se sentindo enganados.
Então, o Secretariado nos fez duas relevantes declarações, pelas quais, tendo vergonha na cara, não desistiremos da paralisação:
1. O Governo ainda não estudou a Tabela nem as propostas dos Sindicatos para o Plano de Carreira;
2. O Governo de Campos Salles quer que forcemos a categoria a aceitar leis anteriores a Lei 15050 e que para nós o melhor será resgatar as políticas para funcionários do Governo Lerner. Eles mesmos não tem originalidade, querem a Era Lerner!!!
Depois dessa, espero que o Prédio da Reitoria, a PROAD, DIMAPA, Pró-RH, PRoPESp, Telefonistas e Manutenção, veja o futuro e não as esmolas das horas-extras, compareçam a assembléia.
(Desculpem, mas teclar uma mão só, é um desespero)

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Greve da UEPG: políticos e prefeituráveis de Ponta Grossa

Dos candidatos a Prefeitura de Ponta Grossa, dois são deputados e mesmo que percam as eleições municipais, retornarão a Assembléia e continuarão sem fazer nada pelo município, só falando ou andando nas sombras do Governador Campos Salles. O único deputado, Plauto Miró Guimarães, figura totalmente vazia, sem sentido, mas que sempre se colou nas imagens dos Governadores defensores do latifúndio paranaense, que tem em Ponta Grossa seu garoto de recados, o Vereador Mainardes, não é candidato a Prefeito, mas ignorou o movimento de professores e funcionários, desta vez, no apoio as revindicações do corpo técnico-administrativo das universidades paranaenses. Toda essa comandita, não compareceu para tentar dizer alguma coisa.
Não estiveram no movimento, Banack, Marcelo Rangel, Márcio Paulik e Péricles de Mello.
Mas o candidato a Prefeito do PSOL, Leandro Dias Santos, compareceu, permaneceu e interpretou a luta dos servidores, falando de uma teoria e prática que lhe pertence, que tem significação porque a possui no espírito e na prática.
Com Leandro, participa, segurando faixas, o Guilherme Mozer, candidato a Vereador do PSOL. Isso mostra que partidos, de fato assumem, o compromisso com as lutas sociais e com a derrocada do medio-fascismo paranaense.

Greve da UEPG: grau de consciência

Esta greve surpreendeu aqueles que duvidavam que o pessoal da PROPESP, PROAD, PROEX, não se consideravam parte do funcionalismo relegado pelo Governo do Paraná (administrado pelos partidos DEMO, PPS, PSDB). Os funcionários destas Pró-Reitorias deixaram suas divisões e secretarias e permaneceram com os acampados das 08:00 às 18:00 hs. Parabéns! Voces fazem parte das conquistas de toda a classe de servidores das Universidades Públicas Estaduais, foram corajosos, conscientes e constarão desta eterna página da nossa história. 

sábado, 8 de setembro de 2012

Quando nossa luta serve de pretexto para alfinetar adversários naturais

Se eu tivesse entrado ontem na Universidade, tivesse apenas corrido atrás de um diploma seco, receberia com maior agrado a solidariedade da Associação dos Docentes da UEPG com a luta dos servidores. Estou distante dessa "fé" muito bem assinalada na nota. Salvo, raríssimas...excessões... até na forma como nos encontram, como se referem a nós, já distoa de tão "espirituosa nota". Eu fui dos que jamais me deixei convencer da eficácia de uma suposta greve (todo o trâmite já estava pronto na Assembléia Legislativa). Não confundo luta por questões salariais com qualidade de ensino na Universidade (de 1988 para cá não me permite essa análise) e espero que os servidores técnicos não embarquem nesse discurso. Do outro lado, meu profundo reconhecimento aos estudantes da Universidade, muitos dos quais, são reprovados aos gritos, por duas faltas, por 0,00001, que pararam a Universidade. Unicamente a estes, o meu reconhecimento. Como diz minha avó "que vão para o quinto dos infernos, adiante das tres porteiras".

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Prefeito do Governador aqui... não!!!

Funcionário público tem vergonha na cara!
Sabe que seu governador não o apóia.
Que para Sua Alteza Campos Salles, servidor ignorante é melhor de ser manipulado.
Que servidor não precisa de quadro de carreira...
Que a iniciativa privada trabalha melhor que nós...
Por isso, não votamos 23, 45, 25.
VOTAMOS 50 para prefeito - Leandro...já pensou o susto do Governador?

Trabalhar demais é pecado - Cuidado!

"O objetivo do socialismo, explica Marx, não é produzir uma quantidade infinita de bens, mas sim reduzir a jornada de trabalho, dar ao trabalhador tempo livre para participar da vida política e social" (Revista Democraciaviva 48/2012).

Questões sociais e psicológicas relegadas pelas econômicas - Horas Extras

Retomo aqui a questão das chamadas "horas-extras" e peço que a Direção do Sindicato considere, atentamente, estas colocações (eu não sou da direção nem represento a opinião oficial do SINTESPO). São absurdas e ingênuas as explicações que ouvimos nos corredores da Universidade a respeito delas. Começaria dizendo que duvido que as empregadas domésticas ou outros funcionários dos nossos administradores receberiam "horas-extras" como nós, funcionários, as recebemos. Duvido, a caridade não chega a tanto nos portões da Universidade. Mas se alguém insistir, posso fazer de contas que acredito.
Dias atrás, fiquei contente com a Pró-Reitoria de Recursos Humanos. Eles questionaram, segundo me contaram, o relatório de "horas-extras" de um servidor durante o período de recesso administrativo não remunerado em julho. Fiquei de cara, foi uma atitude coerente, bonita, honesta. Do outro lado, deixamos a bunda descoberta quando propomos uma indecência dessas a Universidade, de pagar "horas-extras" num período como esse. E ainda, estamos escandalizados com o mensalão, com a roubalheira dos deputados. Corruptos são eles, em Brasília...
Horas-extras não são complementações salariais. São "necessidades eventuais" que não se podem ou se devem repetir diariamente. Não devem servir de prêmio a suposta benevolência do servidor, nem corresponder ao 24ºsalário. Mesmo eventuais, apenas órgãos de extrema necessidade, com clara falta de funcionários, com serviço indispensável e em horários oficiais de funcionamento da instituição.
A instituição deve primar pela necessidade de lazer e descanso do servidor. Nada deve comprometer o necessário intervalo de almoço, de janta dos funcionários. Espero que o Sindicato da Universidade enfrente essa questão. Nem a direção da Universidade nem o próprio servidor devem ceder as insinuações mútuas.
A vida sadia de todos deve ser compromisso entre empregadora e trabalhador. Desta forma, a Universidade não deve facilitar dependência financeira de um instrumento que não é fixo, que deve ser transitório, e que pode alimentar o espírito consumista do servidor, que é, prejudicial em termos de saúde. Quantos casos de servidores com dor de cabeça, doentes, com problemas familiares, porque, ganharam mais, se endividaram mais, confundiram o efêmero com o permanente.
O Sindicato e a Universidade podem e devem sentar-se para pleitear a qualidade e a eficiência do serviço público. Existe mesmo tanta necessidade de horas-extras? Por que não revindicar a contratação de novos funcionários, inclusive, possibilitando mais emprego, mais trabalho, diminuindo um problema que é pior, a carência de trabalho, efetivamente, necessário com tanta gente aí fora, qualificada, esperando uma oportunidade? Se não justifica mais um funcionário naquela unidade, ficam suspeitas as horas-extras. Por exemplo, se um laboratório dispensa 60 horas-extras para um dos seus servidores de 40 horas semanais, então esse laboratório está precisando de mais dois funcionários. Aliás, a Universidade precisa rescalonar servidores. Há laboratórios com dois funcionários e um funcionário que cuida de 4 laboratórios. Isso tudo em nome da correção, da justiça e da eficiência.
Em outra oportunidade discutirei o papel dos laboratórios e fusão de zelador e laboratorista, um dos problemas do Manual de Funções.


quinta-feira, 6 de setembro de 2012

A comunidade da UEPG não deve continuar dormindo

As reuniões que participei junto com os Diretores do SINTESPO em Curitiba e a que assisti no Gabinete da Reitoria nesta 5ª feira me conturbaram os pensamentos.
Não vejo a UEPG preocupado com as investidas do Governo Campos Salles e anti servidor público contra nossa comunidade, especialmente, os servidores técnicos administrativos. A grande preocupação é mostrar ao Governo que somos uma Universidade obediente, que não para com a prestação de serviços, que aqui convivem bem os acomodados e covardes e os que desejam melhorias para todos. Essa compreensão falta, inclusive ao Reitor, que como autoridade maior da instituição deveria estar ciente das consequências desastrosas que a aprovação desse  novo plano de carreira, da guerra travada pela dupla Campos Salles e Flávito Arns contra a Lei 15050 tem para os servidores que em épocas de campanha são a bola da vez nos votos. Esse é um dos problemas de não termos um servidor técnico-administrativo na apelidada "Alta Direção" da Universidade e deve ser pauta de nossas lutas futuras. Não temos nenhum sinal de apoio e solidariedade do Conselho Universitário que sem estar perdido em tanta papelada inútil deveria conhecer a realidade da carreira docente e técnica. A Reitoria deveria se orgulhar de ter em seu quadro de funcionários uma categoria CIDADÃ, LIVRE, CORAJOSA, SOLIDÁRIA e militante e não um grupo de cordeirinhos, acomodadados, se sentindo mortos em fim de carreira. Portanto, se os órgãos fundamentais da Universidade parassem, esse seria motivo de orgulho, primeiro para os dirigentes da instituição, depois para os próprios funcionários e por fim, ao conjunto de servidores. Todos os servidores devem se perguntar neste momento porque, durante tanto tempo, assumimos nossa condição de submissos, silenciosos, medrosos e até mesmo omissos oportunistas. Penso que se não houver ampla participação do funcionalismo, inclusive dos lotados nos prédios da Administração, deveriamos boicotar os jantarzinhos de fim de ano e as festinhas com presentarada temporária dadas em época de festas pagãs.
O Sindicato deve trazer para discussão em sua Assembléia ou através de correspondência apropriada campanha para que a escolha do Secretário de Ensino Superior seja do agrado da categoria, não pelo carisma, nem pelos abraços do elemento, mas pelo compromisso que ele demonstrou em sua carreira enquanto administrador público pela solidariedade e luta pelos nossos direitos. Nesse sentido, talvez poucos reitores ou diretores de faculdades pudessem sobreviver, pois sabemos as trempes que seriam, uma vez, colocados nos postos de comando do Estado. Por exemplo, temos a tranqueira do Alípio (que Deus o tenha) que não suas origens no sistema educacional universitário estadual, do outro lado, os reitores tem sido elementos chaves na cadeia de comando dos governantes em detrimento da comunidade.
Em termos de UEPG iniciou-se o momento em que necessitamos revalorar nossas escolhas para a sucessão do atual Reitor, focando bem no silêncio dos seus pró-reitores, na sua ausência em nossas assembléias, na ausência de suas falas a respeito da nossa situação e não cairmos na campanha do sorriso crentes que, podemos confiar de novo em elementos desse quadro. Da mesma forma, não podemos confiar no esquerdismo, nas associações que passam, quando passam, ao nosso lado de forma pedante, vaidosas e agradecidas a Deus por não serem servidores técnicos, uma esquerda que apenas nos procura em época de eleições.

A encantada minuta do Governo

Se voce não recebeu em seu e-mail, a famigerada minuta com a qual o governo vem nos enrolando, me escreva ou solicite a secretaria do Sindicato da Universidade:
acirpr@hotmail.com  - secretaria@sintespo.com

O Governo do PR construiu bem a nossa desconfiança desde que foi eleito

Servidores estaduais entram em greve


Os trabalhadores da Universidade Estadual de Ponta Grossa e da Universidade Estadual de Maringá aprovaram greve por tempo indeterminado a partir do dia 11 de setembro. Depois de ampla discussão, chegou-se à conclusão de que está cada vez mais difícil acreditar nas negociações com o governo, pois a cada reunião existe algo diferente, colocando em risco os direitos adquiridos.

Negociações – Depois de várias idas e vindas, no último dia 3/9, os reitores se comprometeram em não medir esforços para concretizar a reestruturação do Plano de Carreira desses profissionais, o PCCS-T. Um dia depois, o secretário da Secretaria da Ciência e Tecnologia, Alípio Leal, se recusou a fornecer uma cópia da Minuta de Lei, para os representantes das entidades sindicais, mas recuou e cada sindicato recebeu uma cópia da minuta.

Resumo – De novo, nada de concreto foi assumido pelo governo. Apenas uma possibilidade de se encaminhar a minuta para a Assembleia Legislativa até o dia 30 de setembro e a possível implantação da nova tabela até março de 2013.

Greve nas Universidades do Paraná – Cascavel já se está em greve desde o dia 3/9. Hoje, 6/9, Ponta Grossa, Londrina e Maringá também aprovaram greve a partir do dia 11!

Orientação – O SindSaúde orienta a brava gente da saúde que leve solidariedade aos trabalhadores das Universidades estaduais que aderirem ao movimento. Você, que mora perto ou mesmo na região de campus de uma dessas universidades, apoie esses profissionais. Somos todos da classe trabalhadora!
 

Este perigo não pode rondar a UEPG. Estejamos em alerta

Estamos diante de perigos iminentes. Daqui as eleições do ano que vem, a onça pode se fingir de enferma e pedir que, em nome da defesa dos animais, façamos uma visita a sua toca. Cuidado, o jabuti não foi e se salvou, o veado foi e não voltou. Vamos nos aproximar do Sindicato, filiando-se e participando das suas discussões. Veja o perigo por perto:

Trabalhadores querem saber a verdade sobre a terceirização


Os servidores do Huop andam com a pulga atrás da orelha. Isto por que paira pelos corredores do hospital a notícia de que a gestão pretende terceirizar setores do Hospital Universitário.O SindSaúde encaminhou ofício ao Reitor da Unioeste para passar essa história a limpo. No documento, o sindicato pede os seguintes esclarecimentos:


• Baseado em que dados chegou-se a essa alternativa?
• Quais setores serão afetados pela terceirização?
• Quais são os objetivos almejados com a mudança?
• Essa decisão foi debatida em alguma instância da Universidade?


A Constituição Federal e a nova Lei de Acesso à Informação respaldam a solicitação de informações feita pelo sindicato já que uma medida como essa afeta profundamente a vida dos servidores. O SindSaúde aproveitou para reforçar sua posição contrária a qualquer tipo de distanciamento do Estado com relação ao seu papel.

Para conseguir o que queremos temos de nos posicionar. A terceirização tem trazido prejuízos para as unidades de saúde. É hora de resistir! Temos de nos unir e preparar ações rápidas para não permitir mais essa entrega de parte importante do Hospital.


Companheirismo e apoio - Os técnicos administrativos do Huop estão em greve. Movimento legítimo, pois o governo não negocia. A atual gestão quer ainda tirar direitos dos trabalhadores. É hora de apoiar a greve e não atender ao pedido da chefia de cobrir as funções de quem está de braços cruzados. Faça apenas a sua parte no trabalho dentro do Huop. Não aceite pressão para cobrir furos de seus colegas que estão em greve. Vamos ser solidários e deixar a greve ser sentida na execução do trabalho.

http://www.sindsaudepr.org.br/noticias/1/2339/trabalhadores-querem-saber-a-verdade-sobre-a-terceiriza%C3%A7%C3%A3o

Podemos confiar no Governo Campos Salles? Podemos ficar sentados em nossas mesas?

06/09/2012

A indefinição continua para quem quer ser reenquadrado


Muita luta já foi travada pelo reenquadramento dos servidores. A situação permanece há décadas no Estado. O funcionalismo tem se aperfeiçoado em cursos técnicos e em cursos universitários, mas pela falta de concursos e chamamento de novos servidores quem está na lida acaba tendo que assumir atribuições e funções para as quais tem habilitação.

Diversas manifestações foram feitas. Reuniões com as mais variadas instâncias de poder também já foram realizadas, mas até agora nada. O governo sabe da pressão, mas não tem nenhuma resposta concreta para os trabalhadores.

Agora, a situação dos cerca de 300 servidores que foram enquadrados pelo governo anterior passará por nova analise do Ministério Público e do Tribunal de Contas. Até dia 19 de outubro esse assunto fica por conta do trabalho de verificação e análise e posicionamento do MP. O Tribunal de Contas do Estado – TCE – também está avaliando a situação, mas não há prazo estabelecido para a emissão de seu posicionamento. O fato que tem imposto demora e incertezas quanto a essa justa reivindicação é que a legislação apresenta vedação para a mudança de cargo sem concurso.

Dossiê em defesa dos servidores - Cada sindicato do Fes – Fórum das Entidades Sindicais – fará um dossiê da situação quanto à necessidade de reenquadramento. Para isso, pedimos que você envie os seguintes dados:
- nome
- Número do protocolo do processo que requeria o reenquadremnto (processo que foi feito em 2009, 2010)
- sua função no contracheque
- sua função real
- ano em que concluiu o curso de 2º ou 3º grau.

Esses dados podem ser enviados por email para diretoria@ sindsaudepr.org.br ou pelo fax 41-3324-7386 ou por carta.

Com esse relatório, vamos elaborar um descritivo completo da situação.
Lembramos que os rebaixados de função de execução para apoio devem também enviar os dados relacionados já que entendemos que a situação também precisa de ser revista e resolvida .

SINTESPO se reuniu com o Reitor da UEPG nesta 5a. feira

Participei da reunião solicitada pela Direção do Sindicato da Universidade com o Reitor, João Carlos Gomes, nesta quinta-feira, às 11:00 horas. Fui como convidado do Sindicato. Estiveram presentes, o Coordenador Geral do Sindicato (Emerson Barbosa), Vice-Coordenadora Geral (Zoli Oliveira) e o Diretor João (Vigilância). O Reitor estava acompanhado do Assessor de Comunicação da UEPG, Neomil Macedo.
A pauta constituia-se de dois pontos: 1) Deflagração da greve 2) Horas-extras dos vigilantes.
Quanto a greve, o Reitor garantiu o respeito ao direito dos servidores, quaisquer que sejam, em participar da paralisação, comprometendo-se até em enviar uma carta às chefias imediatas pedindo que a participação dos funcionários não seja obstaculizada, como também, daqueles que querem continuar trabalhando. Pediu a compreensão e o compromisso da direção do SINTESPO em que setores fundamentais da UEPG não sejam paralisados, nem prejudicada a livre circulação de docentes e funcionários na instituição. Pediu também que os professores sejam respeitados no direito de dar aulas.
A posição do Reitor é de respeito ao movimento, porém, pessoalmente, ele entende que os Sindicatos quebraram um acordo feito com o Governo e na presença dos Reitores.
A Direção do SINTESPO (Sindicato Misto) explicou ao reitor que respeitou a decisão consciente e tranquilamente debatida durante a assembléia de inromper em greve, considerando que o Governo vem brincando com o funcionalismo, a cada reunião apresentando dados novos e que requerem mais tempo para análise. Motivo que cansou a paciência dos servidores de todas as universidades. As propostas de revisão da carreira técnica são para prejuízo dos funcionários.

Quanto aos vigilantes a conversa foi mais tensa entre as partes. Mas o Reitor se persuadiu a rever a questão das horas-extras e pediu ao Sindicato que deixe transcorrer este mês. Ele encaminhará a decisão judicial para ser analisada por um advogado de fora da instituição e a comunicará ao Sindicato. Mas se esforçará para que os vigilantes não seja prejudicados financeiramente. O Emerson e a Zoli disseram ao Reitor que a boa vontade já permitiu que a UEPG funcionasse num esquema em que ao mesmo cumpra a lei e facilite a confecção de extras. Destacou a importância que tem para os próprios prédios da UEPG mantê-la com intensa vigilância. O João também defendeu os colegas e a viabilidade de acordo, a base do diálogo, garantia de direitos em que ambas as partes se compreendam e venham para o meio termo. Ambos pediram ao Reitor empenho para que o clima de tratamento e relacionamento no Setor de Vigilância seja mantido dentro do respeito a luta pelos direitos, sem que os trabalhadores se sintam desconfortáveis.
O que achei interessante é que o Reitor se incomodou que estejamos em campanha contra os candidatos do Governo (DEMO, PPS, PSDB). O que nos incentiva a fortalecer esta estratégia. Desculpe-nos Sua Magnificência, mas a derrocada de um governo neoliberal, voltado ao latifúndio e a burguesia, é questão de honra dos servidores estaduais. Vamos bater nessa tecla sempre. É a cambada do PSDB, DEMO, PPS que está na posição errada.

CORTE DE HORAS-EXTRAS NA INSTITUIÇÃO:
O Reitor explanou aos diretores do Sindicato a forma como ocorrerão os cortes de horas-extras. A Reitoria privilegiará a manutenção por setores mais necessitados. Terão garantidos, o pessoal da área de manutenção e serviços gerais. Depois, os funcionários de ensino médio que forem, efetivamente necessários em horas-extras. Só por fim, de nível superior.





quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Corpo Técnico da UEPG - sim ou não a greve?

Na qualidade de OBSERVADOR participei da reunião com os Secretários da Administração (SEAP), Ensino Superior (SETI), Planejamento (SEPLAN), APIESP (Associação dos Reitores) e Faculdades, ontem 04 de setembro de 2012.
As conversas foram de uma imaturidade incomum, que não se pode calcular. Se não fosse, para vergonha nossa, a palavra dos dois três reitores, João Carlos Gomes, Nádia e até o mais oportunista presidente da APIESP conseguiu colaborar (este último puxa saco do Governo), as coisas não caminhariam para decisões razoáveis.
Muita falação, muito exibicionismo com conceitos, muita vaidade em jogo, muita burocracia, muito pedido de inscrição (essa asneira é dominante no sindicalismo) e um Governo mentiroso, atrevido, em franca guerra contra o funcionalismo público, preocupado em destruir o plano de carreiras que os servidores conquistaram durante o Governo Requião.
Cada reunião o governo apresenta um fato novo e o faz com intimidações, frases de imposição, ameaças de suspender diálogo. Neste dia, não foi diferente. Nova minuta, novos parágrafos cheios de bombas escondidas. Terra minada.
Foi uma dificuldade para os Sindicatos, especialmente, o SINTESPO, mostrar para o Governo o risco que os servidores públicos corriam com a anulação, pela nova lei proposta, de direitos já adquiridos pelos funcionários das Universidades ao longo dos anos (desde 1988). O Governo quer interromper o processo de promoção imediata para a de apenas de 7 em 7 anos, desincentivo aos estudos e ao aprimoramento da classe. Para o Governo não deve haver promoção durante o estágio probatório.
Para o Campos Salles quando se chega no B-12 o servidor só vai para o nível A através de estudo presencial ou por antiguidade. Os Sindicatos, sabiamente, insistem na conquista já obtida de que a promoção deve ocorrer a qualquer tempo.
Mas tudo se perde na burocracia. O Governo não queria dar a minuta para não ficar comprometido. Depois de conversas nos corredores entre SETI e SEAP decidem, para acalmar os ânimos entregar a minuta. Mas o governo dá o pialo quando vai se aproveitando do protocolo para postegar a sua responsabilidade com nosso plano. Apela para o fato de que o documento precisa da Procuradoria Geral do Estado (PGE) para o arcabouço jurídico, Sindicatos, SETI, Casa Civil, depois a Assembléia Legislativa (ALEP) e posterior implantação em folha no primeiro trimestre de 2013.
Reiteradas vezes o Secretário Jorge do Mal (SEAP) reitorou que as universidades precisam cortar as horas extras (essas famosas horas-extras, eta horas-extras, eta 60, 80, 1200, 4500 horas extras todos os meses, todos os anos, todas as décadas).
Depois de 3 horas de discussão e xingamentos mútuos, descobrimos todos, que seria melhor, examinarmos em casa a minuta, e levarmos as sugestões para a SETI e para a SEAP. [Na minha opinião era isso que tinha que ser discutido nesta assembléia do Sintespo]. Na segunda-feira (10/09/2012), até as 18 horas os Sindicatos devem encaminhar a proposta a SEAP e a SETI.
Mas a preocupação dos Sindicatos das Universidades era a falta da minuta, que o governo não queria entregar, medroso da divulgação entre a categoria e o desgaste do Governo com ela e uma data em que seria entregue na Assembléia Legislativa. Acuado, nervoso, vermelho, se contradizendo com o Secretário Jorge do Mal, o Secretário Alípio, concordou com as duas coisas:
(1) Entregou a minuta aos Sindicatos (2) Estabeleceu o prazo de até 30 de setembro para protocolar na Assembléia e a implantação "até fevereiro", para ser recebida no pagamento de fevereiro.
Era o que todos queríamos (independente de que alguns, com razão, não viam motivos para confiar no Secretário Alípio, mas fomos traídos pela pressa, pelo calor da discussão e a falta de tranquilidade para analisar, pois o momento impunha uma tomada de posição). Isso se constituiu num acordo. O Governo concordou com as duas coisas que queríamos. E concordamos em suspender os estados de greve.
Essa Assembléia de hoje, descumpriu o acordo com o governo. Faltou com a palavra com o governo, nos diplomou como mentirosos. Além da infantilidade. Eu já critiquei a Associação dos Docentes que tomou uma decisão com 180 associados. Nós, repetimos a mesma coisa. 200 servidores, tomaram uma decisão que pertencem a um universo de 1900 outros. Duzentas pessoas não sustentam uma greve. Se os restantes trabalharem a UEPG não para. Não prejudica o Governo. E um lembrete, os professores deram impacto porque os alunos não compareceram, a pedido dos coordenadores de curso, o que não deu motivos para alguns darem aula. E nós?
Além disso, uma palavra (acertada ou não) foi empenhada com o Governo.
(Estou aberto a críticas e comentários...não fico bravo...não é uma divindade que está escrevendo).

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Governo chama SINTESPO e demais SINDICATOS com urgência amanhã

Amanhã, terça-feira, 04 de setembro, os diretores do SINTESPO e os demais sindicatos das Universidades Estaduais foram convocados para reunião com altos representantes do Governo. A reunião será conjunta com a Secretaria de Administração, Planejamento e de Ensino Superior. O diferencial nesta reunião é que a Secretaria de Administração e a do Planejamento é que lidam com a despesa, com o dinheiro bruto. A Secretaria de Ensino Superior é mero pau mandado, aliás, bastante inútil. Deveria ser extinta.
Os servidores que tomarem conhecimento desta nota, por favor, vamos dar uma gotinha de estímulo e encorajamento aos nossos dirigentes sindicais. Mande um e-mail para o SINTESPO dizendo o que voce espera e como está torcendo por eles nas negociações. secretaria@sintespo.com - presidente@sintespo.com .

Por que é importante a assembléia do SINTESPO na 4a. feira?

Os murais da UEPG convocam todos os servidores para uma assembléia que se realizará na quarta-feira. TODOS. Sindicalizados ou não. De todos os blocos. Acho que não preciso repetir isso. Estão convidados os que se consideram funcionários públicos, os que propagam por aí que somos uma família. O pessoal do bloco da Reitoria (principalmente).

Quanto mais gente, melhor se pensa e se chega a conclusões mais amadurecidas. É importante para o Sindicato ter uma noção do valor que os funcionários da UEPG dão ao problema com o governo do Estado, ao seu próprio trabalho e salário. Sou de opinião e já expressei isso a Direção do SINTESPO que, não havendo número representativo de servidores, se deixe a situação como está. Não se entra em greve com 180 gatos pingados. Iria mais longe, me afastaria das negociações, porque o sucesso das revindicações tem que estar respaldado na participação e interesse dos colegas. A Diretoria do SINTESPO não é o sindicato.

O Sindicato poderia publicar os nomes dos que comparecerem na assembléia e fazer-lhes um pleito de gratidão e reconhecimento. Tentaram.

Qual é a nossa situação com o  Governo do Paraná? O governo gastou demais com a publicidade em televisão e rádio. Parte dessa publicidade é para continuar com uma guerra contra o governo que mais valorizou os funcionários, Requião. Por isso, o governo quer adiar para 2013 o pagamento da Tabela que ele próprio propôs.
Mas isso não é o pior. Nós precisamos nas reuniões do SINTESPO consagrar alguns espaços para uma aula, "falação" proveitosa, do que realmente está nos bastidores do Governo. Eu participei de algumas reuniões na Secretária de Ciência e Tecnologia. Aliás, o SINTESPO deveria começar a pedir a participação do Reitor e Vice-Reitor já que eles participam quando o assunto diz respeito aos professores. O reitor é também dos funcionários. A idéia do atual Governador (Campos Salles, o candidato que apoia o Marcelo Rangel - Plauto - DEMO, PPS, PSDB) é enfraquecer, reformar, sucatear e enfraquecer o Plano de Cargos e Salários aprovados no Governo anterior. Assim como Fernando Henrique, das privatizações, queria que esquecêssemos da era Vargas (leis trabalhistas) o atual governador quer apagar a herança de Requião, no que tinha de melhor, o valor do funcionário público. O tempo todo nas reuniões ele lamenta a Lei 15050 como um atraso para o serviço público. Lembro que numa das reuniões, um dos burocratas do Governo questionou o risco e a desvantagem que tem quando o funcionário faz cursos e se aperfeiçoa. Segundo o vagabundo, "volta insatisfeito, insubordinado, só dando problemas para a chefia imediata". Calhorda! Mal sabe o penduricalho, que os cursinhos rebas que os funcionários recebem, estão longe de mexer com a consciência e com a descoberta de si mesmo. São todos voltados para exercícios de domesticação tecnológica, como lidar com vidros, laboratórios, nada a ver com o pensamento crítico, com sabedoria e com cidadania. 
Participem! Vão lá. Vamos criar uma rede de discussão e solidariedade. O momento é de somar. Chega do povo de Ponta Grossa ser oportunista e andar nas costas dos outros. Não ganhamos mal que não possamos nos comportar com independência, participar e responsabilidade pelos nossos colegas. Deixemos aquele fingimento das comemorações de natal, de fim de ano quando fingimos ser irmãos, todo mundo de todo mundo. É na angustia que nasce o irmão, escreveu Salomão em Provérbios.