sexta-feira, 29 de novembro de 2013

SAS e a saúde dos funcionários públicos do Paraná

SAS - Hospital Cruz Vermelha
Sob o risco de supurar vesícula,
esposa de servidor é mandada
para casa sem atendimento
 
"Peço socorro se alguém sabe de um médico especialista que cobre mais barato,
me informe, já que estamos desamparados e esquecidos pelo Estado e o SAS não existe",
clama o servidor público do IAP.
 
Segundo Fábio Nunes, na última segunda-feira (25), ele e a esposa, Rosemari, vieram de Morretes afim de consultar com um clínico geral no Hospital Cruz Vermelha de Curitiba. A consulta estava agendada para às 17h00, mas por conta de um acidente na estrada e do intenso trânsito na capital, chegaram 10 minutos atrasados. Após explicarem o porquê do atraso, a recepcionista os orientou que pegassem uma senha.
 
Cerca de 35 minutos depois, quando a senha foi chamada, foram informados de que o médico havia ido embora. Diante do estado de Rosemari, com fortes dores abdominais, a atendente a encaminhou para Urgência e Emergência do hospital. Por volta das 20h00, a médica Anna Cristina Silvestri (CRM-PR 27.088) os atendeu.
 
Se é SAS, médica não pode ajudar
"Olhando a situação de minha esposa, (a médica) informou que não poderia fazer nada!", relata Nunes indignado. "Mesmo com o exame de ultrassonografia U.S Abdominal Total, com o laudo do Laboratório CEDIL (Centro de Diagnostico por Imagem do Litoral), apontando a presença de um cálculo em sua luz medindo 8,3mm na vesícula biliar, e a minha esposa sentindo fortes dores – perguntou qual era o nosso convênio e ao olhar na ficha – falou que ela tinha vontade de ajudar, entretanto, sabia como é que funciona o SAS; que a minha esposa teria que passar por uma consulta com um clínico geral e depois por um especialista; e aí, só assim, entrar na fila para realizar a cirurgia. Para amenizar as dores, ela poderia receitar Buscopan Composto para tomar de 8/8horas, quando sentir dor", conta.
 
 "Fui chamado agora, às 16h10 do dia 26/11/13, em casa e minha esposa estava com a barriga inchada parecendo querer explodir e com fortes dores". Nunes acrescenta que Rosemari tem duas ou três crises por dias e, para complicar o quadro, sofre de pressão alta. Desolado, Nunes só vê uma saída para salvar a vida de sua esposa: "estou esperando sair o 13º para pagar uma cirurgia para ela!" O custo é entre R$ 5.500,00 e R$ 6.000,00.
 
Pedindo socorro
Nunes enviou um email para o SINDISEAB pedindo ajuda: "não sabemos o que fazer e onde recorrer, pois a minha esposa está sofrendo todos os dias com um inchaço abdominal e fortes dores e com a presença de pedra na vesícula, necessitando realizar com urgência a cirurgia para evitar maiores complicações com a saúde". No desespero, o servidor do IAP diz que mandou mensagens para inúmeros deputados e até para o governador.
 
Providências
O sindicato orientou que o servidor registre ocorrência no site oficial do SAS e encaminhou o relato por email diretamente para o superintendente do Departamento de Atendimento à Saúde (DAS), Eduardo Mischiatti. O jornalismo do SINDISEAB questionou o DAS quanto ao motivo da paciente não ter sido encaminhada para a cirurgia, pois já havia laudo e diagnóstico; e quais providências serão tomadas para que Rosemari seja efetivamente atendida antes que sua vesícula supure. Por telefone, o DAS (Regiane) informou, na tarde do dia 27 de novembro, que está pedindo explicações ao hospital e que vai informar o sindicato assim que tenha detalhes, o que ainda não ocorreu.
 
Sistema falido
Somente o Hospital Cruz Vermelha recebeu, nos primeiros oito meses de 2013, mais de R$ 6,5 milhões pelo convênio com o SAS. Após dois anos de negociações com o Fórum de Entidades Sindicais para a implantação de um novo modelo de saúde para os servidores, em 29 de outubro, a SEAP finalmente admitiu que o governo não pretende mudar o sistema que, infelizmente, casos como este comprovam que não funciona!
 
Mais informações:
Fábio Nunes: (41) 9143-5127 e (41) 3462-1155
Departamento de Assistência à Saúde do Servidor Público: (41) 3313-6882
Roberto Carlos Andrade e Silva - presidente do SINDISEAB: (41) 9873-0693
 
 
Claudia Maria de Morais
Assessora de Comunicação do SINDISEAB
(41) 3253 6328/8819-9840

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