quinta-feira, 6 de setembro de 2012

A comunidade da UEPG não deve continuar dormindo

As reuniões que participei junto com os Diretores do SINTESPO em Curitiba e a que assisti no Gabinete da Reitoria nesta 5ª feira me conturbaram os pensamentos.
Não vejo a UEPG preocupado com as investidas do Governo Campos Salles e anti servidor público contra nossa comunidade, especialmente, os servidores técnicos administrativos. A grande preocupação é mostrar ao Governo que somos uma Universidade obediente, que não para com a prestação de serviços, que aqui convivem bem os acomodados e covardes e os que desejam melhorias para todos. Essa compreensão falta, inclusive ao Reitor, que como autoridade maior da instituição deveria estar ciente das consequências desastrosas que a aprovação desse  novo plano de carreira, da guerra travada pela dupla Campos Salles e Flávito Arns contra a Lei 15050 tem para os servidores que em épocas de campanha são a bola da vez nos votos. Esse é um dos problemas de não termos um servidor técnico-administrativo na apelidada "Alta Direção" da Universidade e deve ser pauta de nossas lutas futuras. Não temos nenhum sinal de apoio e solidariedade do Conselho Universitário que sem estar perdido em tanta papelada inútil deveria conhecer a realidade da carreira docente e técnica. A Reitoria deveria se orgulhar de ter em seu quadro de funcionários uma categoria CIDADÃ, LIVRE, CORAJOSA, SOLIDÁRIA e militante e não um grupo de cordeirinhos, acomodadados, se sentindo mortos em fim de carreira. Portanto, se os órgãos fundamentais da Universidade parassem, esse seria motivo de orgulho, primeiro para os dirigentes da instituição, depois para os próprios funcionários e por fim, ao conjunto de servidores. Todos os servidores devem se perguntar neste momento porque, durante tanto tempo, assumimos nossa condição de submissos, silenciosos, medrosos e até mesmo omissos oportunistas. Penso que se não houver ampla participação do funcionalismo, inclusive dos lotados nos prédios da Administração, deveriamos boicotar os jantarzinhos de fim de ano e as festinhas com presentarada temporária dadas em época de festas pagãs.
O Sindicato deve trazer para discussão em sua Assembléia ou através de correspondência apropriada campanha para que a escolha do Secretário de Ensino Superior seja do agrado da categoria, não pelo carisma, nem pelos abraços do elemento, mas pelo compromisso que ele demonstrou em sua carreira enquanto administrador público pela solidariedade e luta pelos nossos direitos. Nesse sentido, talvez poucos reitores ou diretores de faculdades pudessem sobreviver, pois sabemos as trempes que seriam, uma vez, colocados nos postos de comando do Estado. Por exemplo, temos a tranqueira do Alípio (que Deus o tenha) que não suas origens no sistema educacional universitário estadual, do outro lado, os reitores tem sido elementos chaves na cadeia de comando dos governantes em detrimento da comunidade.
Em termos de UEPG iniciou-se o momento em que necessitamos revalorar nossas escolhas para a sucessão do atual Reitor, focando bem no silêncio dos seus pró-reitores, na sua ausência em nossas assembléias, na ausência de suas falas a respeito da nossa situação e não cairmos na campanha do sorriso crentes que, podemos confiar de novo em elementos desse quadro. Da mesma forma, não podemos confiar no esquerdismo, nas associações que passam, quando passam, ao nosso lado de forma pedante, vaidosas e agradecidas a Deus por não serem servidores técnicos, uma esquerda que apenas nos procura em época de eleições.

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