quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Greve na UEPG: exorcisando o comodismo

Esta 5ª feira, 13 de setembro, foi o quarto dia de resposta dada pela comunidade universitária estadual de Ponta Grossa, as investidas do mentiroso governo de Campos Salles reencarnado contra avanços de carreira dos trabalhadores das universidades e as tentativas de estabelecer no Paraná, em projetos a longo prazo, de processos privativistas nas contratações, corropendo a idéia de universidade pública, gratuita e com conteúdo social. Na verdade, o Governador do PSDB/DEMO/PPS - 45-25-23 - tenta colocar a população contra a necessidade do servidor concursado, da estabilidade e qualidade do serviço público, facilitando que o desânimo tome conta da categoria e assim, as demissões voluntárias facilitem a terceirização.

Um dado importante é que não houve queda no número dos participantes. Estamos tratando de um movimento que incorpora o pensamento e as necessidades de todo o conjunto de trabalhadores no ensino superior, professores, funcionários e acadêmicos. As atividades desafiaram a comunidade que precisou acessar vilas próximas do Campus de Uvaranas e o ou à entrada da Universidade. Os servidores, revestidos de coragem, feridos em sua estima, na plenitude do amor, conversaram com motoristas, dando um histórico das dificuldades e lutas.

O movimento ainda, se marca, por duas combinações perniciosas, não apenas para o ser humano, mas para o espírito de luta, a ausência de envolvimento da UEPG em defesa de direitos, porque historicamente sempre se comportou como mala nos ombros das outras universidades, como parasita de conquistas alheias, é a ausência de servidores que, pensando em privilégios momentâneos, serão daqueles que lamentarão no futuro as perdas, e até quem sabe, culparão o sindicato pelas perdas ocasionadas pela sua omissão na luta coletiva. Além disso, há o servidor que tem mente cauterizada. Ele consegue a façanha de mentir para si mesmo que se trabalho é essencial. Quando os que estão na frente de combate vencem um governo fascista, estes mesmos servidores mentem que tais conquistas são de seu merecimento.

Qual nossa maior conquista, nestes dias? Sem nenhuma partidarização do movimento, sem nenhuma ideologização do movimento, alcançamos em grande parte dos servidores o entendimento de que nossa luta vai além das revindicações de reajustes, de discussão de tabela salarial, mas de que temos um inimigo teórico, temos um programa de governo, uma filosofia de Estado que nos é adversa - o neoliberalismo do Governador Campos Salles, por isso, ecoa entre os servidores a importância da derrota dos prefeituráveis omissos e principalmente daquele que encampa, aqui, a cópia do governo autoritário do Campos Salles.

É digo de registro, a ampla participação da PROAD e suas divisões, de todo o pessoal da DIMAPA e do CPD que estiveram conosco das 8 às 18 horas. O pessoa da PROEX, novamente veio em peso, somos gratos ao lanchinho proporcionado pela equipe da PROPESP e suas Divisões. Também os departamentos do Setor de Siências da Saode fecharam as portas e testemunharam da nossa luta. Parabéns! Esperamos retribuir a solidariedade de voces com conquistas.

Os irmãos presbíteros conselheiros, candidatos a capelania universitária, fizeram discursos inflamados na defesa da categoria, exortando a classe quanto a permanecer unida para enfrentar o inimigo principal que é o governo do Anticristo instalado em Curitiba. Segundo um deles, casa dividida não vence batalha, recordando o Evangelho de Mateus.

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